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terça-feira, 24 de abril de 2012

Namoro e Noivado - Parte 4



Em Números 14:18, encontramos um princípio eterno de Deus. Nossas fraquezas, a desobediência, nossos pecados, serão transmitidos aos nossos filhos.
Conheço muito de perto uma família que ilustra estas palavras. A avó nunca aprendeu a ser submissa ao seu marido. Era uma pessoa agressiva, dominante e suas duas filhas, não tendo o exemplo de uma mãe submissa, tiveram problemas em seus casamentos. Uma delas teve quatro filhas, das quais três são divorciadas. Casaram-se novamente e suas filhas também se divorciaram. Uma delas não se casou legalmente, mas vive com um  homem. Outra, mãe solteira aos 14 anos de idade, foi forçada a casar-se com o pai da criança, mas divorciou-se logo depois. Esta é a quarta geração que está cometendo erros e sofrendo as conseqüências dos pecados das gerações anteriores. Por que tanta tristeza? 
Nenhuma dessas mulheres teve a oportunidade de observar uma mãe que vivesse de acordo com os padrões divinos. Não estou dizendo que os maridos de todas elas foram "anjos". Pelo contrário, muitos deles também desobedeceram a Palavra de Deus. A melhor coisa que uma mãe pode dar como herança à sua filha é ser submissa ao pai dela, e a melhor herança que um pai pode dar a seu filho é o amor à mãe dele.
Jovem, se você percebe um espírito de rebeldia em você ou em seu parceiro, espere no Senhor - conversem e orem sobre isso. Tenham paciência até que aprendam a viver em harmonia em seus lares para então se casarem. Esta harmonia só pode ser desenvolvida entre duas pessoas que têm Jesus como Salvador e Senhor e que estão constantemente submetendo suas vontades, decisões e procedimentos à liderança do Espírito de Deus. O desafio de aprender a obedecer autoridades e viver em harmonia é um dos maiores e um dos mais importantes para um casamento feliz.

(fim do artigo)

Extraído do livro Antes de Dizer Sim.  Jaime Kemp.

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Namoro e Noivado - Parte 3


Quando Paulo fala, "e que nessa matéria" sobre o que está falando? Ele se refere ao nosso relacionamento físico e nos exorta a tomar cuidado pois podemos ofender e/ou defraudar nosso irmão. A palavra defraudar significa tirar vantagem sobre o outro. Há várias maneiras de se defraudar, mas Paulo está falando aqui de uma defraudação sexual. Defraudar, significa excitar, ou despertar desejos sexuais na outra pessoa, que não podem ser satisfeitos dentro da vontade de Deus, que é o casamento. 
A palavra defraudar, também significa utilizar como se fosse sua, a propriedade de outra pessoa. Jovem, seu noivo(a), não é sua propriedade. Ele(a) pertence ao Senhor. Portanto, promiscuidade antes do casamento representa roubar do outro a sua virgindade, que deve ser levada para o casamento. Isso é defraudar. Você pode dizer: "Mas ela(e) vai ser minha
esposa(o)!" Como você tem certeza? E, mesmo tendo certeza, Deus disse que é contra esse procedimento entre pessoas solteiras. Ele é o vingador. Nós fomos chamados, não para a impureza, mas para novidade de vida.
Vamos ser ainda mais práticos. Um jovem me pergunta: "Jaime, até onde posso chegar no meu relacionamento físico com minha garota?" Será que devo dizer: "Olha, você deve beijá-la três vezes no sábado, mas no domingo, que é dia do Senhor, uma só vez. Ou, você pode despedir-se dela com um abraço de onze segundos e um beijo no rosto?".
Obviamente, tudo isso é bobagem. É tolice, porque cada jovem responde de uma maneira diferente às carícias dum homem ou mulher. Não podemos estabelecer uma série de regras. Deus nos dá claramente o princípio que nos limita no nosso relacionamento físico: não defraude. Na hora em que
você começa a excitar desejos sexuais mesmo totalmente puros em si, você começa defraudar. Não estou dizendo: não se toquem. Para alguns, é só pegar na mão da menina ou rapaz, para outros, é poder beijar e abraçar na despedida.
A regra é sempre não despertar os impulsos sexuais no noivo.
"Mas, Jaime" você diz, "como vou saber se estou defraudando ou não?" Comunicação! Vocês têm que conversar sobre isso. Feliz a moça, ou o moço, que sabem dizer "não".
Algumas garotas dizem que precisam se entregar um pouco para que o rapaz não pense que são frias. Isso não é verdade. Lembro-me de uma namorada que tive, chamada Eloísa. Uma noite, depois de sairmos juntos, levei-a para casa cerca de meia-noite. Seus pais ainda não tinham chegado,
estava meio escuro na porta da casa e tentei abraçá-la. Ela imediatamente me empurrou e disse: "Jaime, II Timóteo 2:22!". Eu não sabia o que dizia II Timóteo 2:22, mas meu orgulho ficou muito ferido. Saí correndo, sem me despedir e fui para casa chateado. Fui direto para a Bíblia, ver o que aquela menina "super espiritual" quis dizer: "Foge das paixões da mocidade". Eu fiquei muito irritado e por duas semanas nem lhe telefonei. Mas, lá no fundo, no meu coração, senti respeito por ela, até um desejo de tê-la como esposa, porque sabia que Eloísa era uma moça de caráter e convicções firmes.
Sim, é preciso coragem por parte dos dois, para dizer, "Querido(a), vamos parar por aqui, porque senão vamos nos defraudar".
Às vezes aparece alguém com desculpas como: ele tem alguns maus hábitos, ou, ninguém é perfeito. É verdade, ninguém é perfeito e por isso precisamos estabelecer limites na área de relacionamento físico, para não sermos atingidos por uma tentação forte demais. Mesmo que a sociedade
ache esses padrões "quadrados", temos que lembrar que o importante é o que Deus pensa, e Ele já nos deu o seu padrão. Um olhar sensual, uma roupa, são maneiras de um jovem defraudar outro. Contatos físicos constantes e longos períodos de carícias, devem ser evitados. Quando a intimidade física se desenvolve antes da espiritual, forma-se uma nuvem
de culpa entre o casal, e entre eles e o Senhor. Muitos casais que aconselho, tem graves problemas no casamento porque não cuidaram de seu relacionamento físico, e agora há desconfiança, infidelidade, brigas, frustrações e sentimento de culpa.
Se você deseja um casamento feliz, decida não defraudar seu(sua) noivo(a). Lá no altar, você poderá dizer-lhe: "Querido(a), com esta aliança estou me entregando totalmente a você". Espere no Senhor e você estará  desenvolvendo um alicerce bem firme para seu casamento, um futuro lar harmonioso.

O que nossos pais tem a ver com nosso relacionamento?
Creia ou não, a harmonia e felicidade de seu futuro casamento depende muito de sua capacidade de tratar seus pais e irmãos em casa, e de sua disposição de se submeter à liderança que Deus instituiu em sua vida. Por isso, é muito importante vocês estarem em harmonia em seus lares. Deus usa sua família, sua situação em casa, para moldá-los e desenvolver qualidades espirituais, preparando-os para seu futuro lar.
Em Efésios 6:1 e Colossenses 3:20, temos Paulo ensinando sobre a obediência aos pais. Deus deseja que todo jovem aprenda a viver sob autoridade (Romanos 13:1).
Às vezes, aprender a viver em harmonia e paz com nossos pais, ou irmãos, vai requerer sofrimento, mas isso também é parte do plano de Deus para moldá-los à imagem do seu filho (Rom. 8:29). No casamento, o que nos ajudará muitas vezes será a entrega dos nossos direitos ao outro (como o
exemplo de Cristo em I Pedro 2:22-23).
Muitas vezes em meio ao sofrimento, queremos exigir nossos direitos, mas é aí, que Deus está querendo desenvolver mansidão e humildade. Será bem mais fácil aprender em nosso lar, do que no casamento.
Cresci praticamente com quatro irmãs em casa. Agora, imaginem quatro irmãs e só um banheiro em casa! Eu nunca tinha vez. Mas, não percebi que através daquela situação incômoda, Deus queria desenvolver paciência em mim. Como eu não aprendi, e porque Deus me ama e está querendo formar
Jesus em mim, Ele continua trabalhando. Agora o que tenho? Quatro mulheres: Judith minha esposa, Melinda e Márcia, e uma cachorrinha. Ainda não aprendi a ser paciente mas, tenho observado que se eu tivesse aprendido essa lição, pelo menos em parte, quando jovem, seria bem mais
fácil.
Quando converso com jovens sobre a necessidade de viver em harmonia em seus lares, eles sempre se desculpam dizendo que seus pais são fechados e antiquados. Não me refiro ao tipo de pai ou mãe que você tem, mas, sim, à sua maneira de reagir frente a uma situação difícil. Não conheço seus pais ou irmãos, mas conheço Alguém que conhece o
coração deles e os têm em sua mão. A oração é instrumento poderoso e se você orar, Deus agirá mudando o coração deles ou o seu. 
Se não aprendermos a viver em harmonia dentro de nossos lares enquanto solteiros, sofreremos as conseqüências dentro do casamento. Moças, observem como seu noivo trata sua mãe. Ele é respondão, não tem respeito e não a obedece? Aqui está uma dica importante. Não se case com um
homem assim. Espere até que ele aprenda a viver em harmonia, tratando sua mãe com respeito, porque um dia ele irá tratar você do mesmo modo. Agora, falando com os rapazes, observem a maneira como suas noivas respondem aos pais. Sua noiva fala mal do pai quando está com você? Não
respeita as ordens dele? Se ela demonstra atitudes negativas assim, um dia agirá da mesma forma com você. "Honra a teu pai e tua mãe". Este é o caminho para um casamento feliz.


Extraído do livro Antes de Dizer Sim.  Jaime Kemp.

Fonte: www.amofamilia.com.br

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Namoro e Noivado - Parte 2


Quando jovem, também fui tentado a não me preocupar com o desenvolvimento de uma base espiritual firme. Nunca vou me esquecer da primeira vez em que eu e minha namorada, que agora é a minha esposa, saímos. Meu coração batia tão descompassadamente que pensei que ia pular para fora porque eu estava "gamado" por ela. Tinha resolvido no meu coração desenvolver um namoro com a Judith, dentro dos padrões de Deus. 


Quando entramos no meu chevrolet novo, queria orar com ela antes de sair, mas tive medo de que ela fosse pensar que eu era um fanático religioso. Por alguns segundos lutei comigo mesmo e, na última hora, eu disse: "Você não gostaria de orar comigo agora?". Ela olhou para mim com um sorriso bonito e disse: "sim, quero". Foi preciso muita coragem para fazer aquilo mas, dou graças a Deus, porque hoje, depois de 19 anos, é fácil orar com minha esposa. Lembro-me ainda daquela oração: "Querido Pai, queremos convidar-te para participar conosco de nossas atividades. Queremos que Tu sejas o centro do nosso namoro. Que nossos pensamentos, palavras e ações sejam dirigidas por ti. Queremos te agradar com o nosso relacionamento.
Abençoa-nos Senhor, em nome de Jesus, Amém".

Os momentos de oração, de compartilhamento da ação de Deus em nossas vidas, e a leitura da Bíblia juntos, foram usados para nos dar forças nas horas de tentações que dois jovens têm, especialmente no controle dos impulsos sexuais e no relacionamento físico no namoro. Não estou dizendo que foi tudo perfeito. Houve dificuldades, tentações, e, às vezes desentendimentos, mas, a diferença era que tínhamos Jesus como a pessoa mais importante no nosso relacionamento, e a Palavra de Deus como guia de nossas decisões e
atitudes.

Se vocês não oram juntos no período de namoro e noivado, se não procuram ler e obedecer a Palavra, se não há conversas francas e abertas sobre dificuldades, não pensem que, de repente, no primeiro dia do casamento será automático orar, colocar a Bíblia como prioridade e organizar a vida conforme os princípios de Deus. Isso simplesmente não acontecerá. O período de namoro e noivado é importante para construir o alicerce para um casamento feliz.

Quero dar algumas sugestões que podem ajudá-los nesse sentido:

1) Desde o início do relacionamento planejem atividades em grupo. Isto é, evitem longos períodos a sós, colocando-se em situações onde seus impulsos seriam estimulados demais.


2) Estabeleçam regras de conduta coerentes com princípios bíblicos. Por exemplo,sejam francos quanto ao relacionamento físico. Às vezes, as carícias estão sendo excessivas e há defraudação.

3) Coloquem a Bíblia como regra de fé e prática. Isto quer dizer que vocês vão estudá-la juntos e procurar aplicações práticas.

4) Desenvolvam um espírito de louvor e oração. Serão momentos entregando uma certa atividade a Deus, ou depois de uma conversa sobre um problema, ou louvor por uma vitória.

5) Procurem ter comunicação aberta. Um dos maiores problemas no casamento é a falta de comunicação, ou a comunicação não aceitável, como por exemplo, gritarias, brigas etc. Aprendam logo de início a manter uma linha de comunicação aberta entre vocês e o Senhor. Desenvolvam um espírito de perdão. Uma noiva, com muito orgulho, disse-me há algum tempo atrás: "Jaime, quero que você saiba que em nosso namoro e noivado, nunca brigamos, nem discutimos". Olhei com desconfiança e disse: "não tenho certeza, mas acho que seu relacionamento está precisando de mais objetividade e honestidade. Todo relacionamento tem que passar por provações. Mas, o amor verdadeiro, usará a tribulação para que o relacionamento se torne mais profundo e comunicativo".

6) Procure ler bons livros. Sugiro os seguintes: "Uma bênção chamada sexo", de Robson Cavalcanti; "Casei-me com você" e "Amor, sentimento a ser aprendido", de Walter Trobisch; "A Família do Cristão", de Larry Christenson. Podem ser lidos e discutidos, mas cuidado com conversas íntimas sobre sexo, que poderão levá-los a se despertarem sexualmente.

Tenho certeza de que você deseja um casamento feliz, vivido dentro do padrão de Deus. Para que isso aconteça, você tem que construir sua casa na rocha, que é Cristo e a Palavra de Deus. Decida basear seu noivado nos princípios de Deus e que Deus o abençoe nessa decisão.
"Sexo... Por que esperar até o casamento"?


Vamos conversar agora sobre o relacionamento físico. Como controlar as carícias? Quem deve controlar o relacionamento físico? É possível ter contato físico e ainda ficar dentro da vontade de Deus? Quais são os limites que Deus impõe? Será que a Bíblia tem respostas para perguntas como essas? Deus está interessado neste assunto? Digo com toda convicção que há respostas bíblicas para essas perguntas e que Deus está interessado no relacionamento dos jovens cristãos.
Em I Tessalonissences 4, Paulo trata do nosso relacionamento físico.

Veja a passagem, versos 1-8.
Como é que devemos viver e agradar a Deus? Conforme o verso 3, a vontade de Deus é a nossa santificação. Isto quer dizer, pureza moral. É a separação dos padrões imorais da sociedade e a aceitação do padrão de Deus. Paulo está dizendo que Deus quer que dediquemos nossa vida a Ele e que nos abstenhamos da prostituição. Paulo não está falando só da comercialização do sexo pelas mulheres na rua, mas, da imoralidade sexual, seja em palavra ou ação.

Em pesquisa realizada entre os jovens evangélicos do Brasil, descobri que uma grande porcentagem deles, até 21 anos de idade, tiveram relação sexual com suas namoradas. Paulo está dizendo que Deus quer que vivamos nossa vida com pureza moral. No verso 4, ele explica que "cada um de vós saiba possuir seu próprio corpo" (a tradução antiga diz "o seu vaso", mas na língua original podemos deduzir que significa corpo). Alguns acham que a palavra "corpo" se refere à esposa. Se significa o seu próprio corpo ou o de sua esposa, é importante verificar que o jovem deve guardar puro o seu corpo até o casamento, quando ele poderá desfrutar dos prazeres do ato conjugal.


Extraído do livro Antes de Dizer Sim.  Jaime Kemp.

Fonte: www.amofamilia.com.br

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Namoro e Noivado - Parte 1

Que sociedade?... Que harmonia?... Que união?...

Certo dia, veio conversar comigo, uma moça que já havia participado de um dos conjuntos de Vencedores por Cristo. Fez o treinamento intensivo e sabia os princípios de Deus para o namoro cristão.
Descobri que estava namorando um rapaz não crente, e perguntei-lhe: "Cristina, o que você está fazendo? Já esqueceu o que estudamos sobre o plano de Deus para esta área de sua vida?" Ela ficou quieta e pensativa, respondendo depois: "Sabe, Jaime, é verdade que ele não é crente, mas é um cara muito legal; é mais cavalheiro que a maioria dos rapazes que conheço; me leva à igreja e creio que está aberto. Vou testemunhar para ele e ganhá-lo para Cristo". "Cuidado com esse tipo de justificativa", eu disse, "você tem certeza que isso não é a voz do diabo cochichando ao seu ouvido?"
Ela saiu de meu escritório tentando me convencer de que aquele relacionamento não ia prejudicá-la, e meses depois casou-se. Fiquei pensando, "será que ele entregou sua vida a Jesus?"
Depois de um ano e nove meses, Cristina me telefona chorando e dizendo: "Jaime estou desesperada, preciso urgentemente falar com você". Marcamos um encontro no escritório e quando a vi, fiquei assustado. Seu semblante mudara para uma aparência triste, frustrada. Uma das primeiras coisas que disse foi: "Eu não o conhecia. Antes de casarmos ele era gentil, atencioso, carinhoso, ia à igreja. Agora ele mudou completamente, não quer saber mais da igreja, até parece que o amor e carinho que sentíamos um pelo outro acabou".
A conversa acabou com ela dizendo: "Jaime, já iniciamos o processo de divórcio". Hoje ela está divorciada e tem uma filhinha. Não sei o que vai acontecer com Cristina, mas sei que não teria passado por essa dor, se tivesse obedecido aos princípios da Palavra de Deus. Deus não pode abençoar um relacionamento iniciado com desobediência.
Às vezes me dizem: "Meu pai não era crente quando se casou, mas agora é líder em nossa igreja". Como responder a esse raciocínio? Pela graça e misericórdia de Deus seu pai é crente! Louve a Deus por isso, mas não adote essa linha de pensamento porque para cada caso assim, eu posso contar nove casos de casamentos mistos onde há tristeza, brigas, desarmonia e divórcio.
Em II Coríntios 6:14-18, Paulo dá uma instrução muito importante sobre esse relacionamento tão íntimo. Leia o texto lembrando-se que a cidade de Corinto era tremendamente pecaminosa, comparável a São Francisco na Califórnia ou ao Rio de Janeiro aqui no Brasil. Faziam parte da adoração no templo pagão 1000 prostitutas. Foi lá que Paulo pregou o evangelho transformador - "Não vos ponhais em jugo desigual".
Em 1967, meu primeiro ano no Brasil, viajamos no interior de Minas, onde vi um carro de boi. Impressionei-me com o jugo, ou canga, sobre o pescoço dos bois. Fui criado na roça e já sabia que não é possível colocar um boi e um cavalo juntos na mesma canga para puxar o carro, porque a natureza deles é diferente. Um sairia correndo para um lado, e o outro, devagar para outro.
Paulo usa a canga como ilustração para descrever o relacionamento íntimo entre as pessoas. Não ponha seu pescoço para trabalhar, andar junto, criar filhos, servir ao Senhor, na mesma canga com uma pessoa que não tem Jesus como Senhor. Paulo fez cinco comparações para enfatizar que um casamento misto não dá certo. Primeiramente, "não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos". Em segundo lugar ele pergunta, "será que existe sociedade entre a justiça e a iniqüidade?", isto é, não há possibilidade de trabalharem juntos.
Em terceiro lugar, "Que comunhão há entre a luz com as trevas?". Somos filhos da luz. Não há possibilidade de termos comunhão com os filhos das trevas. O comportamento e filosofia e os valores são diferentes.

Um rapaz pode-me dizer: "Jaime, você está dizendo que minha garota de olhos azuis, bonita toda vida, é filha das trevas?". Não sou eu quem diz isso, mas é Deus! Se ela não foi lavada pelo sangue de Cristo, não faz parte da família de Deus, portanto, não há nenhuma possibilidade de um relacionamento mais íntimo com ela.
Em quarto lugar, Paulo pergunta, "ou que união pode haver do crente com o incrédulo?" Fomos comprados por um preço alto, não pode existir unidade entre o santuário de Deus e os ídolos. Em quinto lugar, "que harmonia pode haver entre Cristo e o Maligno?". Aqui Paulo não fala apenas de um descrente, mas de alguém totalmente nas mãos do diabo. 
Muitos jovens não querem casar-se por não conhecerem casamentos harmoniosos, famílias felizes.
É pena, pois o casamento é a primeira instituição de Deus. Portanto, dentro dos planos e princípios de Deus, tem que ser o relacionamento mais bonito. Jovens noivos, Deus quer andar e habitar entre vocês, participando de suas atividades. 
Não há dúvida alguma de que devemos ser luz e sal na sociedade em que vivemos, iluminando e preservando o que resta de sociedade decaída. Isso requer nossa amizade e presença entre pessoas na sociedade, mas Paulo está-se referindo a intimidades como namoro, noivado e casamento.
Posso dizer, sem medo de errar, que 75% de todos os problemas que encontro em meu aconselhamento de casais, têm sua origem na época de namoro e noivado. Jovem, Deus tem um plano maravilhoso para você! Deus está mais interessado com quem você vai casar-se, do que você mesmo. Espere nEle e Ele tudo fará.

"Agrada-te do Senhor e Ele satisfará os desejos do seu coração".
Deus me deu esse versículo quando eu estava inquieto e inseguro com relação a esta área da minha vida. Deus não falha. Verifique se seus desejos estão dentro do padrão de Deus e espere. Deus sabia exatamente que tipo de esposa eu precisava e me deu uma linda loira. Ele será fiel com você também. Basta confiar e esperar.
Com isso, fica bem claro em nossa mente a importância da escolha certa. Colocar-se em jugo desigual resulta em casamento incompleto, porque o aspecto prioritário, que é a unidade espiritual, está perdido. Uma vez tomada essa decisão, a segunda será: "Vou basear nosso namoro e noivado nos princípios de Deus".


"Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus (I Coríntios 10:31).
"Namoro a três!"
Certa vez, num dos meus seminários, perguntei aos rapazes: "Quando foi a última vez que você orou com sua garota?".Depois, um deles me disse: "Jaime, oração no namoro? Não tem cabimento!". Se não há ambiente para a oração, alguma coisa está errada no seu relacionamento, porque a oração deve ser a prática mais expontânea na vida cristã, dentro ou fora do namoro. Nossa tendência é catalogar coisas que achamos que são espirituais e as que achamos serem do dia-a-dia. Por exemplo, muitos acham que lecionar na Escola Dominical é atividade espiritual, mas não pensam que conversar com o namorado, ou comer pizza juntos seja atividade espiritual. Paulo acaba com essa idéia em I Coríntios 10:31. Deus quer participar de todas as atividades de nossa vida. Uma moça disse-me uma vez que não lia a Bíblia ou orava com seu namorado por ser ele tímido. Posso entender essa timidez se ele for crente novo, ou se o namoro está no início. Entretanto, se depois de seis meses ou um ano, ele não pode ou não quer orar e ler a Bíblia com ela, esse relacionamento deve ser seriamente avaliado. Se não desenvolverem esse alicerce, o seu casamento não resistirá às tempestades e crises que a vida conjugal trará. Sem os princípios de Deus bem definidos, é impossível tomar decisões corretas no namoro, noivado ou casamento.

Continua...

Extraído do livro: Antes de Dizer Sim. Jaime Kemp. p.25

Fonte:www.amofamilia.com.br

sábado, 14 de abril de 2012

Transei e agora?


Olhares se cruzam; a pequena chama está acesa. A conversa, a princípio inocente, vai dando lugar as carícias. O desejo, quase incontrolável, afogueia o corpo dos apaixonados. Agora, o segurar das mãos não é o bastante. Os abraços são seguidos de beijos longos e apaixonados. Como a intimidade não tem volta, ela é cada vez mais crescente, dominadora, exigindo mais, abrindo as portas do "jardim fechado", revelando sensações adormecidas, até acontecer o que parece inevitável. Eles se entregam um ao outro. Os dois seres são arrastados pela torrente irrefreável do prazer. Eles chegaram a um ponto que parece impossível de voltar. Na verdade, neste momento, eles não querem voltar. Eles não pensam em nada a não ser neste momento. Possuídos pelo desejo, eles consumam o ato. De repente tudo acaba, eles voltam a realidade. Sobressaltados, eles nem sabem o que fazer. E agora?

Eles se ajeitam o melhor que podem. Sem conseguirem se encarar, eles correm para casa e se trancam no banheiro. Num banho demorado, ela tenta lavar o que não poder ser limpo com água. Não há como negar que o que sentiram foi algo extraordinário. Mas, se o que eles fizeram foi tão maravilhoso, porque um sentimento estranho e incomodo desassossega os amantes? Porque dentro deles uma pequena voz importuna a consciência? Porque, como Adão e Eva, eles também desejam se esconder? Porque é tão difícil encarar os pais no outro dia? Porque aquilo que foi tão lindo, agora parece tão feio?

Os namorados se evitam. Eles sabem que se ficarem a sós por uns minutos tudo vai acontecer outra vez. Depois da primeira vez exercitar domínio próprio é dificílimo. Muitas opções inquietam o dia seguinte. O que fazer? Continuar transando? Alguém pode descobrir e ainda tem o risco de gravidez. Terminar o namoro? Nem pensar, eles se amam! Casar como? Eles ainda têm a faculdade. Contar para os pais? Qual vai ser a reação deles? De jeito nenhum, os pais são uns quadrados; eles nunca vão entender. Procurar um amigo? Onde encontrar este amigo que vai manter o segredo e que tem uma palavra salvadora? Confessar ao pastor? E se ele levar o fato ao conhecimento da igreja? E se ele simplesmente excluí-los da igreja? Aí todo mundo vai ficar sabendo.

Seus argumentos são válidos e bem colocados. No entanto, dentro deles o desassossego permanece. Uma culpa crescente destrói-lhes a paz. Uma tristeza profunda aborrece os momentos que antes eram felizes. Um silêncio irritante os faz ouvir seus próprios pensamentos. E agora?

A decisão a ser tomada vai depender do quanto você está comprometido com Deus. Para quem vive sem Deus é muito normal transar. Eles simplesmente transam e pronto. A filosofia deles é: "viva e deixe viver". Estas pessoas afirmam categoricamente. Nada é ruim se é bom para mim mesmo. Se engravidar faz um aborto e pronto. E daí se os pais descobrirem? Se der certo casamos, se não separamos! Minha consciência de nada me acusa! Não temos nenhuma satisfação a dar a sociedade! Cada um cuide da sua vida! Não dou o direito de ninguém se meter onde não é chamado!

Outras pessoas já conhecem a Deus, mas mesmo assim ainda não permitem que Deus controle todas as áreas de sua vida. Embora estas pessoas queiram fazer o que é certo, elas ainda continuam a fazer o que lhes agrada e domina. Elas procuram ter um relacionamento com Deus, mas elas vivem em altos e baixos. Conseguem não transar por algum tempo. Procuram a ajuda de Deus com veemência. Por alguns dias, elas conseguem vencer até caírem na mesma falta. As constantes quedas produzem cristãos fracos, raquíticos, anêmicos, com uma auto-estima doentia. Das duas uma, eles se conformam e continuam vivendo este tipo de vida ou se tornam hipócritas e aparentam viver aquilo que no fundo não vivem. Paralelamente a pública e supostamente santa vida cristã, eles vivem uma vida ambígua, deformada, e muitas vezes intolerante com o pecado os outros. Eles pecam, vivem como se não pecassem, e condenam os que pecam.

Existem aqueles que sinceramente querem andar com Deus. Por mais que eles tenham milhares de argumentos válidos para se auto-justificarem, eles reconhecem que pecado é pecado. Eles não são nem mais nem menos pecadores que todos os outros. A diferença é que estes não querem permanecer no pecado. Para eles o pecado é um acidente de percurso. Eles pecam porque são pecadores, mas eles não sentem prazer no pecado. Eles reconhecem que só existe uma maneira de lidar com o pecado.

Transar todos querem! Que transar é bom ninguém tem dúvida! O que fazer depois? Eis a grande questão. Tudo vai depender de você. A atitude que você toma no dia seguinte é fundamental. É esta atitude que vai determinar o seu futuro e felicidade. Você pode simplesmente tapar a voz da consciência, usando para isto a muita ocupação, a diversão, os vícios, e desculpas esfarrapadas, ou até mesmo com uma nova transa. Entretanto, este modo de agir produzirá angústia e tormento. Somente uma atitude honesta, sincera, e responsável vai conduzir você a verdadeira felicidade.

Não tenham pressa. Seu maravilhoso e sublime momento de amor vai chegar. Esperem pela hora e pessoa certa. Não maculem seu futuro, carregando vida afora as marcas dos fantasmas do passado. Quando chegar o esperado momento, vocês descobrirão que ao invés de apenas transar, vocês estarão realmente fazendo amor, numa entrega por inteiro, sem traumas ou culpas, em completa e doce paz, casados e plenamente realizados.
                                                                                         Pr. Silmar Coelho

Fonte: www.amofamilia.com.br

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Fazendo a escolha certa do Cônjuge!




Namoro - Noivado - Casamento
O dicionário define namoro como cortejar, inspirar amor, apaixonar, cativar,desejar ardentemente, empregar todos os esforços para obter, ficar encantado etc. Sempre que tratamos deste tema, a pergunta que mais ouvimos é: O namoro é bíblico? A Bíblia não fala de namoro, o que não significa afirmar que os jovens daquele tempo não namoravam. (Pv 18:24) Gosto do que disse Henry Cloud: "Deus pode fazer as pessoas crescerem pelo namoro da mesma forma que as faz crescer por outra atividade".
O namoro dentro da cultura brasileira, se tornou um fenômeno social, isto porque a busca por alguém para este relacionamento, vem ocupando o primeiro lugar na lista de prioridades na vida dos jovens. Estamos vivendo em uma sociedade, onde infelizmente predomina a inversão dos valores, por isso namorar é quase uma imposição até para os que estão na pré-adolescência. Diante desta realidade que vivemos faz-se necessário refletirmos sobre algunspontos importantes.
O casamento começa a ser construído no namoro.
Se a escolha do futuro cônjuge começa a partir do namoro, os jovens precisam saber que: Esta é uma etapa para o conhecimento recíproco da natureza, da consistência e da estabilidade dos sentimentos que estão envolvidos e dos que a ele deram origem. Infelizmente, e com freqüência, o namoro tem se tornado uma corrida mal orientada e desenfreada, que termina com um casamento às pressas. Esta fase é importantíssima pelo fato de conduzir a um aprofundamento de relações que é o noivado. É um período de educação de sentimentos, de abrir muito os ouvidos e os olhos. É no namoro que começa a formação, o nascimento do cônjuge, eis a razão porque este relacionamento deve ser administrado com muito critério e responsabilidade. Quando os jovens não levam a sério esse primeiro passo na direção do compromisso maior, que é o casamento, a tendência é construir um projeto de vida vulnerável. É imprescindível que Deus seja o Senhor do "namoro", e o resultado final será um casamento abençoado.
Quando o namoro se torna prejudicial.
1. O namoro deixa de ser importante quando acontece antes do tempo (Ec 3:1; Lm 3:27). Quando o relacionamento afetivo e comprometido é concretizado antes do tempo, dificilmente é edificante e construtivo. Os pais precisam atentar para este fato e insistir com os adolescentes mostrando que, um namoro iniciado aos quatorze anos é um condicionante de ciúmes desmedido e um estimulante poderoso para a prática do auto erotismo.
2. O namoro deixa de ser importante quando não tem um propósito definido. A vida do cristão precisa ter propósito bem definido de acordo com os princípios da Palavra de Deus. O jovem não é obrigado a se casar com a primeira namorada, mas é necessário que o mesmo tenha este ideal em sua mente. Um namoro sem propósito é um relacionamento fadado ao fracasso, frustrações e sem a aprovação de Deus. (Rm 14:5b e 23;
3. O namoro deixa de ser importante quando é possessivo. A unidade de um casal seja no namoro, noivado ou casamento não pode ser doentia. Se o casamento não é uma chamada para o encarceramento, quanto menos o namoro. O ciúmes patológico aprisiona os namorados, e isto é destrutivo. No amor não há este sentimento de possessividade. (1 Co 13)
4. O namoro deixa de ser importante quando é leviano. Há um versículo em
Provérbios que define bem o leviano: "Assim é o homem que engana o seu próximo, e diz: Fiz isso por brincadeira". (Pv. 26:19)
5. O namoro deixa de ser importante quando é indisciplinado. (Pv 5:12) Jovens disciplinados sabem a hora de chegar e de sair, evitam lugares solitários e propícios para os excessos etc. A indisciplina de alguns tem sido a causa do fracasso do relacionamento.
6. O namoro deixa de ser importante quando é imoral. O que Paulo disse a
Timóteo, serve para todos os jovens que desejam agradar a Deus também no namoro. "Fuja de qualquer coisa que lhe provoque os pensamentos malignos que os rapazes muitas vezes têm, mas aproxime-se de qualquer coisa que o leve a querer fazer o bem. Tenha fé e amor, e sinta prazer na companhia daqueles que amam o Senhor e têm coração puro". (2 Tm 2:22 BLH) Lembre-se que toda infiltração da impureza no namoro começa com o aconchego excessivo. (Pv 6:27; EZ 23:3; Os 2:2; 1 Ts 4:1-8)
Uma lista de idéias práticas que pode ajudar os jovens na escolha.
Toda escolha importante na vida, é sempre muito difícil, isso porque se errarmos os prejuízos podem ser irreparáveis. Uma das escolhas mais importante na vida de um jovem, é a do futuro cônjuge. O pastor Davi Merkh desenvolveu uma lista de idéias práticas que pode auxiliar todos aqueles que desejam começar um relacionamento debaixo da bênção de Deus:
 1. Fazer uma lista das qualidades desejáveis no futuro cônjuge. Essa lista deve ser dividida em duas partes: a) qualidades essenciais e b) qualidades desejadas (opcionais).
2. Estabelecer um "pacto de namoro". O ideal é que seja um acordo entre pais e filhos, mas isso não significa que o jovem não pode firmar uma "aliança" entre ele e Deus só. O pacto deve incluir padrões de namoro, traçar o tipo de envolvimento esperado entre qualquer namorado e os pais, e como o relacionamento deve caminhar em direção ao casamento.
3. Permitir que os pais sejam os "guardiões" do seu coração. Provérbios 4:23 e 23:26 falam da importância do coração, e da necessidade de guardá-lo puro. Deus constituiu os pais como protetores do coração de seus filhos. Parte fundamental desta "vigia" do coração dos filhos pelos pais, inclui o exemplo de pureza moral dos pais, especialmente nos hábitos de entretenimento (filmes, programas de TV, revistas, Internet etc.). As ações dos pais falam mais alto que suas palavras.
4.Confiar na opinião da sua família e amigos chegados. Provérbios nos lembra de que há segurança na multidão de conselheiros sábios-pessoas que nos conhecem, mas também conhecem a Deus (Pv 11:14, 15:22, 24:6). Infelizmente muitos jovens ignoram o conselho de seus amigos, irmãos e irmãs-justamente as pessoas que melhor os conhecem. Tragédias no casamento são o resultado freqüente da indiferença em relação aos conselhos poderiam ajudar.
5. Procurar o acompanhamento de um casal mais maduro.
6. Procurar um "estágio" dos "interessados". O "estágio" nada mais é do que tempo investido por cada pessoa (de preferência, depois do noivado) na casa do outro. O propósito é de conhecer tão de perto quanto possível os gostos, as tradições, os maneirismos em resumo saber qual a cultura dessa outra família.
7. Fazer um aconselhamento pré-nupcial.
O NOIVADO
O noivado é um passo que só deve ser dado quando os dois já estiverem plenamente convictos de que estão no centro da vontade de Deus, a data do casamento programada e os dois já conhecem o caráter, a personalidade, os ideais um do outro. O noivado não deve ser um período no qual o casal se sente tão seguro, ao ponto de extrapolarem os limites cometendo o pecado de fornicação. Estar noivos, não significa que já pertencem um ao outro como marido e mulher, ainda há um tempo de espera a ser respeitado para não ofuscar a beleza da união do casal em Cristo Jesus. O período do noivado, deve servir para a preparação de tudo aquilo que tem a ver com o inicio da caminhada conjugal, isso vai desde o curso pré-matrimonial, a compra do vestido da noiva e da roupa do noivo, passando pela cerimônia, festa, viagem de lua de mel, casa, mobília, igreja onde vão congregar, isto é, quando não congregam na mesma igreja etc. Lembre-se, uma viagem improvisada é sempre muito arriscada, a sabedoria e a prudência nos ensinam, que, quanto mais longa a viagem, melhor e maior deve ser a preparação, pois são muitos os imprevistos a serem enfrentados. O casamento é uma viagem que foi programada por Deus para durar a vida inteira, (Mt 19:6) eis a razão porque o casal deve se preparar muito bem. Não é interessante que o noivado seja muito longo, é preciso usar o bom senso, se os dois estão certos da vontade de Deus e se sentem maduros e preparados para o casamento, não tem porque protelar.
O CASAMENTO
Compreendendo o vínculo conjugal através de algumas definições. Ao ser interrogado pelos fariseus sobre o divórcio, Jesus respondeu: "Não tendes lido que aquele que os fez no princípio macho e fêmea os fez, E disse: Portanto, deixará o homem pai e mãe, e se unirá a sua mulher, e serão dois numa só carne? Assim não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus ajuntou não o separe o homem". (Mt 19:4-6)
1. Casamento é uma relação afetiva e sexual estável entre um homem e uma mulher de grande importância psicológica e social que foi projetada por Deus, é uma das mais antigas da humanidade que sofreu sem dúvida algumas mudanças ou adaptações ao longo da história, conservando porém a sua essência.
2. Casamento é a união voluntária entre duas pessoas de sexos opostos, sob um mesmo teto, com o fim de partilhar a vida em todos os seus aspectos. Do ponto de vista jurídico, é o contrato livremente firmado por um homem e uma mulher, pelo qual se assegura a opção por uma vida em comum e pela repartição recíproca dos bens.
3. Casamento é um pacto sagrado, legal, público, social e monogâmico.
4. Casamento é uma escola onde os dois se matriculam para aprender a ser o que na maioria das vezes nunca foram - marido e esposa.
5. Casamento é um contrato social entre duas pessoas dispostas a servir. Costumo dizer em minhas palestras para casais que: "Quem não serve, não serve para ser marido ou esposa".
6. Casamento é a construção de uma nova cultura a partir de duas já existentes. Isto porque os dois trazem das famílias de origem uma herança da cultura familiar.
Concluindo, o namoro é a porta de entrada em direção ao casamento, e quando todo o processo é dirigido por Deus, terá a garantia da sua presença que dará ao casal a certeza de uma vida debaixo das suas bênçãos. Nas próximas lições estaremos estudando sobre os aspectos fundamentais para a vida de casal e de família.
 Pr. Josué Gonçalves
Fontye: www.amofamilia.com.br

terça-feira, 10 de abril de 2012

Namoro à distância - será que funciona?



1- O que o senhor pensa sobre os perigos de um relacionamento à distância?
Nenhum relacionamento está isento de riscos e perigos, porém, quando duas pessoas assumem um compromisso estando longe uma da outra, o que vai determinar a força dessa relação é a profundidade do caráter de cada um. Quantos casamentos foram iniciados a partir de um relacionamento a distância, e são felizes. O fato de algumas pessoas terem se dado mal num relacionamento assim, não significa que ninguém mais deve investir nesse tipo de namoro. Relacionamento a distância fracassados não é a regra.

2- Há algum risco de ocorrer uma traição quando a saudade aperta ou quando se encontra uma outra pessoa interessante?
A possibilidade de uma traição sempre existe, mesmo estando perto um do outro, porém, é claro que a ausência do parceiro(a) e o fato de se encontrarem esporadicamente, pode esfriar a relação vulnerabizando assim a relação. Lembre-se, por mais que ele(a) sinta saudade, o que faz as pessoas sustentarem o compromisso e se guardarem uma para outra, é o amor. A Bíblia diz que o amor é paciente, tudo sofre, tudo crê, tudo espera e tudo suporta (1 Co 13:4-7).

3- Como saber manter a chama acesa mesmo longe do namorado(a)?
Com o avanço tecnológico, hoje os casais podem se comunicar através da Internet,(e-mail, vídeo câmera, MSN, ICQ...) telefone, fax etc. O contato permanente, mesmo a distância pode aprofundar o vínculo levando os dois a manterem o pacto de fidelidade. O namorado(a) precisa estar sempre lembrando que ele(a) está longe fisicamente, mas presente emocionalmente. A forma mais eficaz de conservar a chama acessa, é manter a conexão através dos meios disponíveis de comunicação. Os jovens amantes, sempre encontram uma forma de fazer o amor crescer apesar da distância. O amor é a causa motivadora da criatividade.

4- Como controlar a questão do ciúme e não se tornar uma torre de vigia por meio de ligações, cartas, e-mails etc?
Toda relação equilibrada é fundamentada na confiança e isso tem a ver com o caráter e maturidade das pessoas. O ciúme faz parte de um estágio de infantilidade emocional. Na proporção que a pessoa vai amadurecendo e tomando consciência do respeito que deve ter quanto aos limites do outro, o comportamento tende a mudar. O que não pode é alimentar esse sentimento em vez de buscar cura e libertação.

5- Namorar longe pode comprometer a relação dentro do casamento?
Depende, se os dois são apenas namorados, a resposta é não, mas se estão casados e por alguma razão um precisa ficar longe do outro durante muito tempo, ai sim é uma situação de grande risco. Conheço muitos casamentos que ruíram, porque um dos cônjuges resolveu ir para um outro pais a fim de ganhar dinheiro e o longo período que passaram distantes um do outro foi o fator determinante para que acontecesse uma traição. Quando estão os dois estão apenas namorando, é mais fácil administrar a distância, é claro que não é como se estivessem próximos. O casal precisa amar o suficiente para assimilar todas as implicações de um relacionamento assim.

6- É possível conhecer a pessoa mesmo estando longe? (como fazer para descobrir os caprichos, os valores, as manias, o gênio, o caráter, o relacionamento com a família) gostaria que você falasse sobre cada item desse separadamente?
Mesmo à distância, os dois precisam buscar meios para se encontrarem, a fim de que não seja um namoro 100% virtual. A verdade, é que, mesmo estando próximos e se encontrando com freqüência, ainda não é possível conhecer o suficiente, imagina estando longe. Um relacionamento à distância, muito mais do que aquele onde o dois está perto um do outro, precisa haver total transparência e sinceridade. Os dois vão precisar escrever, falar ao telefone, expor um para outro tanto as suas qualidades como os defeitos, e a tendência nessa fase é apenas mostrar o lado bom e omitir o ruim. É importante fazer contato com os pais, a família e os amigos, que podem dar testemunho da pessoa.
Um outro fator é que nós somos de certa forma aquilo que falamos, ao se comunicar durante um bom tempo com alguém, logo vamos conhecendo o perfil do caráter e da personalidade dessa pessoa. O que não pode acontecer, é o jovem fazer toda a leitura apenas com os óculos da paixão, ai é impossível uma analise criteriosa do outro. Sempre quem está de fora enxerga melhor do que os envolvidos, por isso leve muito a sério a opinião de pessoas maduras e que podem ajudar.

7- Namorar à distância funciona ou não funciona?
Depende muito dos envolvidos e das circunstâncias. Quando a distância é extremamente grande e os dois só vão se encontrar no dia do casamento para se verem pela primeira vez e casarem, essa decisão me parece ser um pulo no escuro sem saber onde vão cair. Ë imprescindível que o casal na medida do possível, se encontre, ainda que esporadicamente. Esse contato, onde os dois possam se olhar, ouvir, sentir a presença etc, é fundamental.

8- O senhor não acha que o relacionamento do casal de namorados entre suas famílias é importante? Então como proceder se eles moram longe?
A família é importante no relacionamento, mas os pais devem respeitar a liberdade de escolha dos filhos. Se a escolha que o(a) está fazendo é dentro dos princípios da Palavra de Deus e do outro a pessoa escolhida se mostra ser alguém que vale o investimento, não há o porque a família jogar contra. O amor vence obstáculos!

9- ver o relacionamento do/a namorado(a) com a família dele(a), ver como se tratam etc, também não é importante? Mas, no entanto, a distância também impede de observar isso, como fazer então para sanar o problema?
Como conselheiro que trabalha a muito tempo com casais e jovens, tenho orientado que, independente de quem seja a família do outro, é necessário que haja respeito e consideração. Isso porque é leviano dizer ao namorado, noivo ou cônjuge "te amo" e não querer bem a família dele(a), isso é o absurdo da incoerência. A forma como um vê a família do outro e com ela se relaciona tem muito mais a ver com a maturidade dos dois.

10- Agora, à luz da Bíblia, termine deixando uma dica legal para os casais que namoram à distância:
Não importa o quão distante estão, o relacionamento tem que ser construído sobre base sólida, e nenhum outro alicerce é melhor do que os princípios estabelecido por Deus em sua Palavra. Tudo o que começa sem Deus termina em fracasso, mas quando o Senhor está no controle de todas as coisas, o relacionamento tem tudo para ser bem sucedido. A confiança na soberania de Deus e o amor pode fazer com que um namoro a distância desemboque num casamento feliz.

Alguns conselhos:
1. Estamos vivendo na era da "virtualidade", onde muitos se conhecem através da internet. Cuidado, não seja precipitada(o) em se envolver num encontro virtual, nesses encontros nem todos dizem a verdade, é preciso muito cautela.
2. A vida é o resultado das suas escolhas, por isso a sua decisão deve estar respaldada na vontade Deus, busque-a como prioridade número um, não abra mão disso por nada.
3. Nunca se ponha debaixo de um jugo desigual com os incrédulos.
4. Não namore por lazer. Namoro não é passa tempo.
5. Após iniciar um relacionamento a distância, não deixe a "emoção" falar amais alto do que a "razão", mantenha os pés no chão.
6. Lembre-se, maturidade é também saber dizer não quando necessário.
7. Envolva seus pais e sua família nesse projeto, eles poderão dar o apoio moral necessário em qualquer relacionamento relevante.
8. O pastor deve ser o seu conselheiro espiritual nessa área, esta cobertura é imprescindível.
9. Cuidado com o ciúme doentio, toda pessoa ciumenta vive aprisionada e busca sempre aprisionar o outro, isso é torturante.
10. Nunca acredite em tudo o que falam e seja criterioso(a) no julgamento sobre a pessoa com a qual está se relacionando.
11. Leia o Salmo 37, principalmente o versículo 4.
 Pr. Josué Gonçalves
Fonte: www.amofamilia.com.br

domingo, 8 de abril de 2012

A oração é uma ilha

A oração é uma ilha num arquipélago de ideais. O ideal é que oremos sem cessar. (Mas somos cercados pela pressa, pelos ruídos, pelas seduções.)
O ideal é que a oração seja um jeito de viver, não de pedir coisas. (Mas, infelizmente, precisamos sofrer para aprender as coisas básicas da vida, as quais pedimos, quando não desesperamos.)
O ideal é que levemos tudo a Deus em oração. (Mas só levamos os problemas que não conseguirmos solucionar).
O ideal é que só decidamos depois de orar. (Mas decidimos, às vezes, errado, e esperamos que Deus conserte o que estragamos.)
O ideal é que a oração seja companheira da leitura da Bíblia. (Mas não percebemos que a Bíblia é o livro da oração e um livro de orações.)
O ideal é que a nossa oração esteja em sintonia com o nosso caráter. (Mas nos escudamos na graça de Jesus e tocamos as nossas vidas como se não orássemos.)
O ideal é que as necessidades do(s) outro(s) sejam o centro de nosso interesse em orar. (Se tivermos oportunidade, oraremos por nós mesmos também.)
O ideal é que, junto com a intercessão, a gratidão ocupe mais espaço em nossas orações. (Mas: quem somos se não bebês esperando o leito materno?) 
O ideal é que a oração nos molde. (Mas preferimos mudar a vontade de Deus com os nossos desejos.)
Que fazer para que os ideais da oração se realizem?
Leiamos e meditemos nas orações da Bíblia, nossa melhor escola.
Reflitamos sobre nossos compromissos, de modo a firmarmos mais um: orar todos os dias por minutos cada vez mais crescentes.
Olhemos para dentro do nossos corações, para ver se ainda somos egoístas.
Pensemos nas decisões que tomamos (namorar, casar, comprar, estudar, vender, viajar, concursar): quantas tiveram a oração como companheira.
Analisemos nossas leituras da Bíblia: o que a oração tem ver com elas? E vice-versa.
Inventariemos nossas orações para ver quantas visam o bem do(s) próximo(s) e quantas o nosso próprio bem?
Contemos os minutos de nossas orações: que espaço a gratidão ocupa nelas?
Se a oração é uma ilha num arquipélago de ideais, ela pode ser minúscula ou grande, relevante ou descartável.
Na verdade, o tamanho e a relevância da oração em nossas vidas dependerão do valor que lhe damos. Na verdade, o tamanho e a relevância da oração em nossas vidas dependerão do lugar que, realmente (além das intenções), damos a Deus.
Israel Belo de Azevedo