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quarta-feira, 23 de dezembro de 2009

NATAL: CELEBRAR OU NÃO CELEBRAR?

     Embora não existam referências ao mês de nascimento do Senhor Jesus, se tomarmos como base a narrativa de São Lucas, capítulo 2, esse acontecimento pode ser situado em algum momento longe do mês de dezembro como a humanidade, especialmente o mundo ocidental, tem celebrado anualmente, mas isto não impede que celebremos esta data.
    Notamos um certo afastamento dos cristãos em geral, especialmente alguns grupos evangélicos, das celebrações do dia 25, talvez por ser uma tradição perpetuada pela ICAR (cujos membros são hoje descrentes e materialistas) ou por ter havido, em algum tempo remoto, ligação com festas pagãs, todavia, eu acredito que devemos celebrar o Natal, especialmente nós, membros do corpo de Cristo e exatamente porque a Igreja é a Agência de Deus na terra, a instituição que tem proclamado a boa nova de que Deus amou o mundo de tal maneira que deu seu Filho unigênito para que todo aquele que Nele crer, não pereça mas tenha a vida eterna.
     Hoje não se pensa no dia 25 como o dia do equinócio, ou no deus-sol, ou em Mitra ou em qualquer outro belzebu congnominado. Todos eles foram destituídos, apagados na história pois eram deuses falsos, fabrico de mãos humanas ou influência do maligno. Quando pensamos no dia 25 de dezembro, logo nos lembramos do acontecimento que mudou toda a história, dividiu toda a trajetória da humanidade entre "Antes" e "Depois". A data é uma simples referência, uma lembrança que deve ser aproveitada por nós.
     O que devemos nos guardar é dos símbolos ainda hoje utilizados e que de fato nada têm de ligação com o verdadeiro Natal, antes, são inserções que desviam o foco do personagem principal, do "aniversariante".
     Papai Noel, guirlandas, sinos, luzes em profusão, árvores como símbolo da época, "neve (no nordeste do Brasil?)", comilanças, apelo consumista do comércio, comilanças, etc, estão tomando o lugar principal, substitutos evasivos da Boa Nova que deveria estar em alto e bom som neste momento.
     A Santa Ceia, de fato, é a celebração ordenada por Jesus e para quem já tem Cristo como senhor e salvador, Natal é todo dia, mas Celebremos o Natal como o fizeram os anjos naquela noite gloriosa; Proclamemos o Cristo como o anunciaram os pastores nas vilas em derredor de Belém; Saudemos esse acontecimento como os Magos do Oriente o fizeram quase dois anos depois de nascido o Rei do Reis. Comemoremos a dádiva de Deus predita e esperada desde o início dos tempos, vaticinada em detalhes pelos profetas mais de quinhentos anos antes de acontecer, avisada pelos anjos do Senhor a Maria e a José, revelada a Simeão e Ana no templo. O Natal (nascimento) foi o início, vindo depois sua morte e sua bendita ressurreição pelo que nossa fé não é vã.
     Que a Igreja do Senhor não se cale nesta hora nem se omita de revelar a verdadeira dimensão deste acontecimento. Que não nos deixemos contaminar com a ilusão visual nem tomemos a forma do mundo mas que façamos toda a diferença.
    Celebremos o verdadeiro Natal. Jesus, o presente de Deus, nasceu! O Verbo se fez carne e habitou entre nós!!
Sílvio de Araújo

sábado, 19 de dezembro de 2009

CUIDADOS NO USO DA VOZ

     Os músicos-cantores, pregadores e também os professores seculares precisam cuidar de seu principal instrumento: a voz.
     
A voz é algo tão característico e importante como a nossa própria fisionomia e impressão digital ela varia de acordo com o sexo, idade, profissão, personalidade, estado emocional e a intenção que a usamos. É através da nossa voz que expressamos nossos sentimentos, emoções, idéias e pensamentos. Ela também mostra quem nós somos, além de conseguimos nos comunicar com outras pessoas só utilizando a voz, como por exemplo em uma conversa ao telefone, e seremos compreendidos perfeitamente.
    Todos precisam ter cuidados com a voz, mas para quem utiliza a voz profissionalmente, é preciso ter alguns cuidados vocais essenciais, com isso é possível manter a integridade vocal.
     Uma voz saudável significará sempre uma voz agradável, flexível e fácil de utilizar. Segue uma listagem dos cuidados de saúde e higiene vocais, elaboradas por profissionais da área, que ajudarão a preservar a voz e evitar disfonias* (alterações vocais com origem orgânica e/ou funcional) além de contribuir para o seu tratamento, e assim, tornar eficaz a comunicação da mensagem). Em caso de quaisquer sintomas ou dificuldades a nível vocal, deve ser procurado um Otorrinolaringologista e um orientador de Técnica Vocal.
- Manter uma postura correta enquanto se trabalha com a voz: corpo ereto com correto alinhamento do eixo cabeça-pescoço-costas, mas relaxado.
- Aquecer e desaquecer a voz antes e depois dos esforços vocais, através dos exercícios aprendidos nas sessões de Técnica Vocal.
- Manter o aparelho fonador hidratado, bebendo uma média de 2 litros de água por dia, de preferência à temperatura ambiente.
- Praticar uma alimentação saudável, rica em alimentos leves e de fácil digestão (frutas, legumes, vegetais, peixe, frango).
- Ingerir frutas cítricas in natura ou em sucos, que auxiliam a absorção do excesso de secreções, e maçã, que tem propriedades adstringentes.
- Dormir 8 horas por noite e repousar nos períodos de maior trabalho vocal.
- Fazer repouso vocal após o uso intensivo da voz.
- Relaxar e trabalhar o controle emocional.
- Praticar algum exercício físico regularmente (respiração e alongamento dos músculos).
- Sempre que possível, respirar pelo nariz (filtra, aquece e umidifica o ar).
- Aprender a ouvir a própria qualidade vocal, para reconhecer o esforço vocal e as tensões desnecessárias e conseguir assim evitá-las.
- Em caso de sintomas ou dificuldades a nível vocal, consultar um Otorrinolaringologista ou um orientador de Técnica Vocal.
- Evitar competição sonora entre a sua voz e o barulho intenso de ambientes ruidosos.
- Evitar a permanência em ambientes refrigerados ou aquecidos por ar condicionado, já que este retira a humidade do ar. Tome sempre muita água durante sua estadia em lugares com ar-condicioando.
- Evitar ambientes com poeiras, mofo ou cheiros fortes e irritantes.
- Evitar tossir ou pigarrear, já que favorecem o atrito nas cordas vocais; É melhor optar por engolir saliva ou beber água para afastar o incômodo.
- Evitar alimentos pesados, muito condimentados ou gordurosos antes de deitar, para evitar o refluxo gastroesofágico.
- Evitar também estes alimentos antes do esforço vocal.
- Moderar o consumo de café, chá preto e bebidas com gás, entre outras bebidas irritantes.
- Evitar o consumo de leite e derivados antes de intensa actividade vocal, pois aumentam a secreção de muco no tracto vocal.
- Evitar usar muito a voz após ingestão de grandes quantidades de aspirina, calmantes ou diuréticos, que ressecam a mucosa.
- Evitar as roupas apertadas junto ao pescoço e cintura (golas altas, camisas e gravatas muito apertadas, cintos apertados, calças ou saias muito justas) e sapatos de salto muito alto.
- Evitar falar enquanto se faz exercício físico.
- Evitar o cigarro, grande inimigo de quem trabalha com a voz.
- Evitar esforço vocal ou cantar quando não se apresentam boas condições de saúde, principalmente estados gripais ou crises alérgicas.
- Nunca expor o aparelho fonador a choques térmicos, como mudanças bruscas da temperatura do ar e alimentos ou bebidas geladas ou muito quentes.
- Evitar locais poluídos com fumo, seja ele originado por tabaco, fogueiras, escapes de automóveis, etc.
- Não utilizar o álcool ou qualquer outro tipo de drogas como desinibidores, pois ressecam e anestesiam a garganta, possibilitando abusos vocais.
- Evitar gritar, falar muito alto ou sussurrar, já que submetem as cordas vocais a um esforço exagerado e atrito.
- Evitar entrar nas reservas de ar (quase sem fôlego) durante o uso da voz falada.
- Não trabalhar a voz ou ensaiar por mais de uma hora sem descanso.
- Nunca tomar medicamentos por conta própria; o uso de pastilhas, sprays ou anestésicos sem orientação médica pode agravar os sintomas e ter graves consequências a longo prazo; por outro lado, o mesmo medicamento age de forma diferente em organismos diferentes.
- Evitar também o recurso a chás e infusões de efeito desconhecido, pois nem sempre resolvem o problema e podem acabar por irritar ou ressecar as mucosas.
   
O que mais afeta aqueles que utilizam a voz profissionalmente é a disfonia*, que é conhecida popularmente como rouquidão. Se a disfonia* (rouquidão) persistir por mais de 15 dias, procure um fonoaudiólogo

(*) Disfonia é um distúrbio de comunicação, caracterizado pela dificuldade na emissão vocal, apresentando um impedimento na produção natural da voz. Pode ser ocasionado por uma disfunção, abuso vocal ou uso incorreto da voz, é mais freqüente em indivíduos que utilizam abundantemente a voz diariamente de uma forma incorreta.

quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

O SACO DE BISCOITO

















     Recebi por e-mail de minha ex-aluna Valéria Ferreira. Sem comentários!!

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

O Jovem Cristão e a autodisciplina

     O verdadeiro cristão deve ser uma pessoa disciplinada, no jenuíno sentido do termo. No meio eclesiástico a visão do que é disciplina tem sido distorcida, a ponto de se entender que uma pessoa disciplinada é alguém que cometeu algum pecado ou erro, e que necessita de punição.

    Na verdade, porém, uma pessoa disciplinada é uma pessoa correta, que obedece a princípios e normas, de modo consciente. O universitário cristão precisa ser, antes de tudo, autodisciplinado, para que dê bom testemunho em qualquer lugar, ocasião ou situação, visto que a universidade é ambiente relativista, liberalista e materialista, dominado por filosofias humanas que se opõem à revelação bíblica.

1. CONCEITOS

 1.1. DISCIPLINA

   0 termo disciplina vem do latim, disciplina, e tem o sentido de "instrução", "treinamento", "disciplina" propriamente dita. A palavra pode indicar um modus vivendi, de acordo com a observância de normas, conduta, requisitos; pode indicar tipos de vida ascética, mortificação; a vida monástica, na Idade Média, exigia um tipo de disciplina que usava açoites para disciplinar a carne, a vontade; tem o sentido de punição aos que deixam de cumprir certas normas; na vida militar, indica o preparo do indivíduo para a execução correta das atividades da caserna; no meio acadêmico, disciplina eqüivale a uma matéria a ser estudada.

1.2. AUTODISCIPLINA

    Indica a disciplina aplicada ao indivíduo por ele próprio, de modo consciente e voluntário, com a finalidade de atender a determina padrão de conduta, aceito como válido. No presente trabalho, aceitamos o conceito de autodisciplina como a disposição pessoal do jovem universitário de viver os princípios cristãos, como "sal da terra" e "luz do mundo", de modo consciente e voluntário, sem que haja a necessidade da interferência de terceiros. É a obediência à Palavra de Deus em qualquer lugar ou situação, principalmente no meio acadêmico.

2. FUNDAMENTAÇÃO BÍBLICA

2.1. NO ANTIGO TESTAMENTO

    No AT, a disciplina era vista como meio de correção ou de instrução. A palavra musar, no hebraico, em correlação com moser, significa "laços" ou "algemas". A lei mosaica era parte integrante da "disciplina do Senhor" (Dt 11.2). O sistema de punições no AT visava o cumprimento dos mandamentos de Deus (ver Dt 4.36; Ex 20.20). O homem ímpio não valorizava a disciplina (Sl 50. 16,17); enquanto o filho fiel não rejeita a repreensão (disciplina) do Senhor (Pv 3.11). O que ama a correção (disciplina) ama o conhecimento (Pv 12.1). A disciplina tem por base o amor de Deus (Pv 3.12).

2.2. NO NOVO TESTAMENTO

      No NT, o sentido de disciplina é mais positivo, pois está mais associado á instrução, ao ensino, mas também à punição. No grego, a palavra disciplina épaidia, que está ligada ao treinamento e instrução de crianças, e também à correção para que se imponha uma conduta correta. A palavra paideo significa educar, instruir, disciplinar ou punir de alguma maneira. Em Hb 12.6-11, vemos que Deus corrige (disciplina) aquele a quem ama, indicando que por trás da disciplina está o amor de Deus, dirigindo a pessoa para o bem, para a salvação (Ap 3.19).

3. A AUTODISCIPLINA DO JOVEM CRISTÃO

     Com base no que vimos acima, a disciplina deve ser entendida no sentido positivo. Uma pessoa disciplinada deve ser vista como uma pessoa bem instruída, educada, treinada, tendo em vista os propósitos da vida cristã. A autodisciplina deve ser exercida dentro de uma visão positiva da vida cristã e não como um mero cumprimento de normas sem sentido e sem razão. O universitário cristão vive todo o tempo, na academia, a ter sua fé e conduta desafiados pelos conceitos materialistas. Precisa adotar por si próprio uma disciplina que fortaleça o seu testemunho no meio universitário, entre colegas e professores.

O JUGO NA MOCIDADE

     A Bíblia diz: "Bom é para o homem suportar o jugo na sua mocidade; assentar-se solitário, e ficar em silêncio; porquanto Deus o pós sobre ele" (Lm 3.27,28). Nesse texto, podemos ver:

 1. O jugo na mocidade: suportar o jugo, no contexto, significa suportar a disciplina do Senhor, em obediência a seus mandamentos, mesmo que venha sofrer (Lm 3.30); sofrer tristeza (v. 32); e passar por outros problemas.

 2. Assentar-se solitário e ficar em silêncio: não é fácil para o jovem ficar em silêncio. Isso fala de meditação, de conscientização diante de Deus.

 3. Deus pôs o jogo sobre o homem: o jugo é sinônimo de canga , usada para restringir os movimentos dos animais, para que eles não "furem a cerca" e vão para o terreno dos estranhos; o jugo ou disciplina de Deus tem a finalidade de preservar a vida do homem, livrando-o do pecado. Jesus disse: "Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim que sou mando e humilde de coração; e encontrareis descanso para vossas almas" (Mt 11.29). Se o jovem universitário, conscientemente, adota o "jugo" de Deus e de Cristo, está exercendo a autodisciplina no sentido de ser fiel ao Senhor, dando o verdadeiro testemunho cristão.

4. EXEMPLOS DE JOVENS QUE SOUBERAM EXERCER A AUTODISCIPLINA

 1) JOSÉ (Gn 39.7-9) - Ele manteve a autodisciplina ante a sedução do pecado sexual. No meio universitário, há campo largo para o pecado nessa área; é necessário vigilância e oração (Mt 26.41); é preciso considerar o corpo templo de Deus (1 Co 6.19,20); fugir dos desejos da mocidade (2 Tm 2.22);

2) DANIEL E SEUS 3 COMPANHEIROS (Dn 1.3-5, 8,9) - Não se contaminaram com o "manjar do rei"; Dn 3.15-17). Foram lançados no fogo, mas não se encurvaram diante da estátua de Nabucodonosor. Tinham autodisciplina.

3) TIMÓTEO - O jovem discípulo de Paulo, foi instruído a ter autodisciplina (2 Tm 3.10-17);

5. UMA SUGESTÃO PARA A AUTODISCIPLINA NA UNIVERSIDADE:

 a- Orar antes de ir para as aulas (Mt 26.41); 
b- ler a Bíblia diariamente (Si 1.2; 119.97); 
c- não se ocultar como crente (Mt 5.14,16); 
d- não se irritar quando for criticado; 
e- ser ótimo aluno;
f- pesquisar e ler bons livros e revistas para saber responder aos críticos da fé (1 Pe 3.15).


CONCLUSÃO
     O mundo atual tem várias características bem definidas, que o distinguem do que foi nos tempos passados. Uma delas é a indisciplina, principalmente no meio da juventude em geral. Embora não seja característica do jovem, ele assimila a indisciplina como um modo de viver, para se expressar. Exemplo disso é a música jovem, caracterizada pela falta de ordem, principalmente no Rock, na lambada, no reggae, etc.

    O jovem cristão precisa ser exemplo de autodisciplina nesse mundo escorregadio da indisciplina. Hoje, garotas e meninos de 12 anos já se prostituem, já fumam maconha , cocaína, e isso em escolas e ambientes das chamadas classes média e alta. É a indisciplina moral e falta de valores espirituais.

    O jovem cristão precisa enfrentar de pé a onda de falta de Deus, de moralidade e seriedade, como o fizeram José, Daniel, Sadraque, Mesaque, Abdênego, Ester, Débora, Eunice, Loide, Maria e tantos outros.
Pr. Elinaldo Renovato de Lima

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

FÁBULA DA BOA CONVIVÊNCIA


     Durante uma era glacial, muito remota, quando parte do globo terrestre esteve coberto por densas camadas de gelo, muitos animais não resistiram ao frio intenso e morreram, indefesos, por não se adaptarem as condições do clima hostil.
     Foi então que uma grande manada de porcos-espinhos, numa tentativa de se proteger e sobreviver, começou a se unir, e juntar-se mais e mais. Assim, cada um podia sentir o calor do corpo do outro. E todos juntos, bem unidos, agasalhavam-se mutuamente, aqueciam-se enfrentando por mais tempo aquele inverno tenebroso. Porém, vida ingrata, os espinhos de cada um começaram a ferir os companheiros mais próximos, justamente aqueles que Ihes forneciam mais calor, aquele calor vital, questão de vida ou morte e afastaram-se feridos, magoados, por não suportarem mais tempo os espinhos dos seus companheiros.
     Doíam muito... Mas, essa não foi a melhor solução: afastados, separados, logo começaram a morrer congelados, os que não morreram voltaram a se aproximar, pouco à pouco, com jeito, com precauções, de tal forma que, unidos, cada qual conservava uma certa distância do outro, mínima, mas o suficiente para conviver, resistindo a longa era glacial.
    Sobreviveram...
É fácil trocar palavras, difícil é interpretar os silêncios!
É fácil caminhar lado a lado, difícil  é saber como se encontrar!
É fácil beijar o rosto, difícil é chegar ao coração!
É fácil apertar as mãos, difícil é reter o seu calor!
É fácil sentir o amor, difícil é conter sua torrente!
   Que possamos nos aproximar uns dos outros com amor e serenidade de tal forma que nossos espinhos não firam as pessoas, que mais amamos tanto no trabalho, na escola, na igreja, em casa ou na rua.
Autor Desconhecido

SURDEZ PRECOCE - PERIGO DO MAL USO DE APARELHOS MP3

     A intensidade sonora do volume máximo que alguns mp3s podem atingir equivale à intensidade de uma turbina de avião durante a decolagem

       A perda auditiva é um fenômeno mais comum do que podemos imaginar. Existem, no mundo inteiro, mais de 500 milhões de pessoas com problemas auditivos. Para o ano de 2015, estima-se que este número suba para 700 milhões. Os problemas de audição não estão associados apenas à velhice. Cinqüenta por cento das pessoas com perda auditiva têm menos de 65 anos de idade, sendo que muitos são crianças e adolescentes.
     Segundo as fonoaudiólogas Renata Garcia Alloza e Riva B. Waitman Salzstein, diretoras da COMUNIK Assessoria em Fonoaudiologia, a desinformação é um dos fatores principais que contribuem para o aumento dos problemas auditivos.“As pessoas aumentam o som MP3 por desconhecimento dos riscos à saúde auditiva, por gostar de música em forte intensidade e pela competição sonora a que estão expostas (ônibus, metro, trânsito, gritaria), principalmente nas grandes cidades”, explicam.
     O alerta principal das especialistas que trabalham diariamente com desenvolvimento e treinamento de pessoas em projetos relacionados à promoção da saúde (voz e audição), gerenciamento de estresse e comunicação é o seguinte: “Os jovens e adultos devem evitar a exposição a ruídos desnecessários, principalmente no lazer e ambiente de trabalho, afinal a poluição sonora é a terceira maior do planeta! É importante saber que a surdez pode ser diagnosticada, tratada e acompanhada com medicamentos, cirurgias ou pelo uso de aparelhos auditivos desde os primeiros dias de vida”.
     O pouco caso com o ouvido vai além do uso exagerado dos modernos mp3. As famosas baladas em discotecas e shows são responsáveis também pela perda de audição e podem agredir o ouvido de outras formas, causando zumbido, fortes dores de cabeça, insônia e dificuldade de entendimento. Ou seja: pessoas jovens terão problemas auditivos muito antes que seus pais e avós.
     Uma pesquisa do Hospital das Clínicas de São Paulo aponta que 35% dos casos de problemas auditivos diagnosticados na unidade estão relacionados a ruído por exposição prolongada a sons potencialmente lesivos.
      O fato é que o alto som leva com ele a audição. Segundo pesquisas realizadas, boa parte dos jovens ouve música no iPod com sons entre 100 e 115 decibéis, quando o nível recomendado é sempre inferior a 60 decibéis. Para alertar essa grande parcela da população (principalmente os jovens) sobre este perigo invisível, a Sociedade Brasileira de Otologia promove há 4 anos a Campanha Nacional da Saúde Auditiva, realizada no Dia da Audição, a fim de informar e conscientizar sobre os riscos que o som alto dos mp3 players pode trazer à audição.
      Mp3: herói ou vilão? - O hábito de ouvir música alta em tocadores de mp3 tem trazido sérios problemas para os ouvidos, que possuem estruturas muito especializadas e delicadas, responsáveis pela audição. Os tocadores de mp3 atuais são tão potentes que podem atingir uma intensidade sonora de até 120dB, em seu volume máximo. Para se ter uma idéia, isto equivale à intensidade de uma turbina de avião durante a decolagem!
      A Dra. Claudia Meirelles conta que em sua prática clínica chegou a atender uma menina com ferida na orelha, por dormir em cima do fone de ouvido.
        O Comitê Científico Europeu de Riscos à Saúde realizou pesquisas e divulgou um estudo com os riscos que o uso de mp3 player pode trazer:
 - o uso de fone intra-auricular (dentro do ouvido) favorece a perda de audição
 - adolescentes e jovens na casa dos 20 anos não percebem a diminuição da acuidade auditiva imediatamente. Os efeitos nocivos da música alta só serão percebidos em uma década ou quando entrarem na casa dos 30 anos.
 - os grupos mais expostos a riscos são aqueles que ouvem mp3 player ao menos cinco horas por semana. Porém, os malefícios podem ser notados mesmo para quem ouve apenas 28 segundos por dia de música alta.

Índices alarmantes
 - Cerca de 15% a 20% da população em geral tem zumbido, sintoma que indica perda auditiva. No Brasil, significa algo em torno de 25 a 30 milhões de brasileiros. Destes, 15% se sentem incomodados com o barulho e procuram ajuda médica
 - Cerca de 30% a 35% das perdas de audição são creditadas à exposição a sons intensos, sejam eles em ambientes profissional ou em lazer (como shows ou aparelhos eletrônicos)
 - A surdez relacionada à exposição a sons intensos é “cumulativa”. Uma vez cessado o fator causador (exposição a ruído), a perda de audição estaciona, mas não regride.

Principais queixas de um indivíduo com exposição intensa à ruído
 - Zumbido;
 - Dores de cabeça e de ouvido;
 - Coceira;
 - Sensação de ouvido tapado;
 - Irritabilidade a sons intensos;

Dicas da Sociedade Brasileira de Otologia para proteger o ouvido
 - Deixe o volume do tocador de mp3 na metade do volume máximo do aparelho
 - Fique atento para que o som saído dos fones não seja ouvido pelos amigos ao redor
 - Evite ficar muitas horas seguidas ouvindo mp3
 - Ouça em apenas um dos ouvidos, em volume médio, para, inclusive, manter uma das funções importantes do ouvido que é o alerta
 - Alterne os lados para que os dois ouvidos possam descansar e ventilar
 -  Procure um especialista tão logo seja percebida qualquer alteração da audição

     Pequenas atitudes são capazes de produzir grandes benefícios para o ouvido. E dessa maneira você será recompensado com muitos anos de sons agradáveis, prazerosos e memoráveis, apenas cuidando da sua saúde auditiva.
 Por Deborah Dubner

terça-feira, 24 de novembro de 2009

UM SERVO CALMO, SERENO E TRANQUILO!

     Jairo Trench Gonçalves, conhecido no meio evangélico como Jairinho - para diferenciar do Dr. Jairo Gonçalves, seu pai - foi um jovem talento musical das décadas de 70 e 80. Quando nos conhecemos ele já tinha composto várias músicas inspiradoras de louvor a Deus. Sua amizade e seu exemplo de fé e seriedade para com as coisas de Deus são tesouros preciosos que guardo com carinho. No entanto, não creio ser a pessoa mais indicada para dizer em profundidade sobre ele. Talvez o Paulo César da Silva, o Paulão, do grupo Logos, e antigo companheiro de jornada no ELO seja quem possa traçar um perfil mais substancial da vida e da carreira desse nosso irmão querido. Assim mesmo, como uma homenagem póstuma, passo a narrar um pouco da história do Jairo, com uma visão muito particular, muito embora alguns dados biográficos sejam de conhecimento geral.
      Jairo Trench Gonçalves era o único filho homem em meio a quatro meninas. Morou num bairro nobre da cidade de São Paulo, capital. Seu pai, Dr. Jairo Gonçalves, filho de portugueses, era nas décadas de 70/80 (provavelmente ainda é), um próspero empresário. Homem inteligente e muito crente, Dr. Jairo desde cedo, ele e sua esposa davam testemunho aos filhos de uma fé firme e inabalável.
       Pelos idos de 1970, Jairinho conheceu a Cristo, entregando sua vida a Ele e tomando a decisão de servir a Deus de forma exclusiva. Partiu então para o Instituto Bíblico Palavra da Vida para preparar-se nos estudos teológicos. Completou os estudos em 1974. Ali, conheceu Hélia, com quem iria casar-se no início de 1975, em São Paulo. Foi no início deste ano que o conheci, pois estava chegando para os meus estudos naquele Instituto Bíblico.
       Quando cheguei ao então Instituto Bíblico Palavra da Vida, em Atibaia, São Paulo, em 1975 para iniciar meus estudos teológicos, minhas expectativas para com a Organização Palavra da Vida eram as melhores. Através dos acampamentos por ela promovidos, e dos empreendimentos evangelísticos, notava a consistência entre a fé e a prática dos seus missionários. Eram pessoas alegres, convictas de sua fé cristã, e dispostas a proclamar o Reino de Deus pelo Brasil, não importava a ocasião e o local. Parte desta imagem deve-se muito à musicalidade dos missionários e de outras pessoas que os ajudaram a formar grupos vocais de boa qualidade que, com simplicidade, proclamam até hoje a mensagem do evangelho.
       Pelos idos de 1970, enquanto o mundo jovem não cristão era sacudido constantemente pôr grupos musicais revolucionários, conquanto sua mensagem fosse a imoralidade sexual e a experiência com drogas, como The Beatles, ainda gravando, Led Zeppelin, iniciando a carreira, Yes e Emerson, Lake and Palmer, e tantos outros, a Igreja evangélica no Brasil dava ainda passos modestos na criação de melodias próprias e elaboração de arranjos musicais de qualidade. Poucos eram os discos gravados por evangélicos. As igrejas dispunham ainda de grupos corais, organistas e pianistas muitos bons para os cultos. No entanto, as melodias eram as produzidas na América do Norte e as clássicas da Reforma do século XVI, vindas da Europa. Não se viam grupos vocais pequenos de qualidade. Alternavam-se grupos corais e quartetos, em geral, masculinos, que cantavam músicas tradicionais, na maioria hinos com algumas variações no arranjo. O grupo de oito pessoas escolhidas pelo maestro Dick Torrans, missionário da Organização Palavra da Vida, recém chegado dos Estados Unidos, causou grande impacto, pois cantavam músicas próprias – Jairinho compôs "Nos montes eu vou, com Cristo eu estou, nos vales campinas, com meu Salvador..., etc." e outras - , na sua maioria, com melodias lindas e vozes muito boas. Este grupo apresentava-se nas praças, nos ginásios de esporte, em pequenas ou grandes igrejas, sempre com sorriso nos lábios e muita espiritualidade. Deste grupo maravilhoso, Paulo César da Silva, o Paulão, e Jairo Trench Gonçalves, o Jairinho, viriam a formar anos mais tarde o Grupo Elo, juntamente com Nilma, esposa de Paulo, e Nancy, esposa do maestro Dick Torrans, que era quem provia o grupo de arranjos vocais e instrumentais, participando, inclusive da execução destas músicas ao piano.
      Nos primeiros meses de 1975, já estudando no Instituto Bíblico Palavra da Vida, hoje Seminário, conheci o Jairinho. Vi-o apenas de longe, correndo de um lado para o outro na Estância Palavra da Vida, preparando-se para seu casamento com a doce Helia, que iria realizar-se dias depois na cidade de São Paulo, na Igreja dos Irmãos Unidos. Foi uma bela cerimônia, embalada por lindas melodias escolhidas a dedo por ele, inclusive com uma das mais belas canções evangélicas para casamento composta pelo Jairo: "Deus de Amor fica conosco, agora e para sempre amém. Dá-nos a bênção de sermos para sempre fiéis a Ti...etc." Aliás, após esta ode ao matrimônio cristão, muitos outros compositores evangélicos o imitaram, fazendo músicas especiais para seus próprios casamentos.
      Nossa amizade intensificou-se seis meses depois quando Jairo tornou-se missionário da Palavra da Vida. Sua intenção era prover a Palavra da Vida de mais música, abrir espaços, ter novos horizontes. E eu queria fazer parte deste projeto, mesmo tendo que despender grande parte do meu tempo nos estudos teológicos. Jairo era uma pessoa sensível, de grande musicalidade, capaz de formular idéias, compor poesias simples, sem ser comum, ingênua ou mesmo fútil.
      Passava horas com seu violão, ou mesmo diante do piano, cantarolando até que a melodia viesse. Jairo também era um perfeccionista. Utilizou todos os recursos que possuía, para munir-se de instrumentos musicais e outros equipamentos para produzir música de qualidade.
       No início, muito tímido, não quis ferir susceptibilidades, principalmente do presidente da Organização Palavra da Vida, Haroldo Reimer, de notória inflexão quanto a certos aspectos puramente acessórios na música, segundo a minha opinião, como a utilização da bateria. Haroldo era ferrenho adversário da postura musical dos Vencedores Por Cristo, que naquela época introduziram vários instrumentos ainda não bem aceitos pela comunidade evangélica brasileira. Jairo tomou seus cuidados. E, o primeiro disco lançado por ele, Calmo, Sereno e Tranqüilo, cujo título é o mesmo da música que compus, tinha apenas violão - um Ovation - novidade na época, pelo menos para mim, e, quando muito, um contrabaixo. Ouvimos juntos, dentro de seu automóvel, a gravação ainda sem mixagem. Mostrou-a ao Paulo também, pois queria saber nossa opinião a respeito dos arranjos, das letras, enfim sobre toda a produção, para que nada viesse a comprometer seu primeiro projeto com o selo Palavra da Vida, e que dependia da aprovação do Haroldo Reimer.
Haroldo enfim aprovou, e aquele primeiro disco teve boa repercussão no meio evangélico. Escolhemos a capa. Inicialmente, pensamos num barco no meio do oceano em maré calma, flutuando sob um lindo sol. Depois, com mais calma, achamos que deveríamos inovar. Fazer algo que chamasse a atenção. O pergaminho como moldura e a figura de um velho carregando seus feixes contrastava com o título, dando o impacto que queríamos. Deu certo. Era um disco de arranjos simples, letras simples, escrito sobre um pergaminho, incentivando a meditação.
      Depois disto, Jairinho investiu tudo num pequeno grupo de vozes para ajudar o Haroldo em suas viagens evangelísticas. Estivemos juntos por oito meses, dos quais, cantava conosco e pregava nas igrejas por onde íamos. Ao final do ano de 1975 desmembramo-nos, e Jairo, queria mais liberdade para compor e acompanhar a evolução musical da época e desta forma, para fazer isto, viu que seu espaço era muito restrito na Organização. Juntamente com o maestro Dick Torrans e Paulo César da Silva formaram o Elo. A partir daí vi o Jairo sorrir. Estava livre para sonhar. Foi para São Paulo, montou todo um aparato para gravação e impressão, que funcionava no mesmo prédio do Mapa Fiscal Editora, de propriedade de seu pai. Convidou-me para ajudá-lo, mas Deus direcionou minha vida para a cidade de Brasília e, daí nos vimos apenas mais umas três vezes.
      Ali, em Atibaia, depois em São Paulo, Jairo gravou vários discos. O primeiro foi Nova Jerusalém. Um deles, inclusive, com mixagem nos Estados Unidos. Saiu em campanhas evangelísticas, tendo seu pai por pregador. Participou do mega evento Geração-79 como monitor e conferencista. Estava à pleno vapor, quando em 1981 veio a falecer em um desastre de automóvel na estrada vicinal que dá acesso à Estância Palavra da Vida, em Atibaia. Morreu jovem. Ele sua esposa Helia e seu filho mais novo, ainda bebê, André.
    Deixou-nos grandes saudades, pois sua alegria, seu bom humor, sua espiritualidade, foram plenamente refletidas nas melodias e letras que nos legou. A música "Um Dia" demonstra, como poucas, a maneira simples e harmoniosa de Jairo em narrar as coisas espirituais de forma profunda, porém acessível. Foi seu testemunho de fé gravado para sempre. Outras, marcaram circunstâncias em que Deus lhe falou muito de perto, como seu próprio casamento, cuja melodia acima já mencionei, e o ambiente dos acampamentos da Palavra da Vida, registrado na melodia "Nos montes eu vou, com Cristo eu estou, nos vales, campinas, com meu Salvador...".
     Jairo teve opositores. Foram poucos. Pessoas que reconheciam seu talento, contudo, acusavam-no de viver um ministério inautêntico, pois muito de seu sustento vinha de contribuições de seu pai. Mas tinha ele alguma culpa por ser filho de uma pessoa de posses e que investia no seu ministério? Aliás, é bom que se diga, Dr. Jairo Gonçalves, mesmo sendo um homem aquinhoado, sempre consagrou o que possuía a Deus. Quantas e quantas vezes o Dr. Jairo saiu pelo interior de São Paulo, com sua Veraneio do ano, repleto de bíblias e folhetos para disseminar o evangelho da graça de Deus. Quantas vezes saía de São Paulo, afastando-se de sua concorrida agenda de negócios e como Juiz do Trabalho para dar aulas no Instituto Bíblico Palavra da Vida, hoje Seminário.
     Os domingos de pai e filho, enquanto Grupo Elo, foram dedicados à disseminação do evangelho, pois agora saíam juntos. O filho cantava, e o pai pregava. O Jairinho tinha dinheiro sim, mas fez deste um instrumento para servir a Deus. Poderia ter jogado tudo para o alto e viver tranqüilamente em qualquer lugar do planeta. Mas julgou ser mais importante fazer resplandecer o dom que Deus havia lhe dado: o de Levita.
      Suas músicas são melodiosas, e as letras refletem a fé de quem amou profundamente a Deus. Procurou incansavelmente o aperfeiçoamento do seu ministério, gravando no exterior, formando um grupo coeso na espiritualidade e na musicalidade. Até hoje, jovens músicos que conheço manifestam sua admiração pela obra deste criativo servo levita de Deus.
      Deixou-nos prematuramente. O Senhor sabe o porque. Dr. Jairo e sua esposa criam até hoje os outros dois filhos de Jairinho. O mais velho, também chama-se Jairo, e uma menina, Melissa. Ao meu filho mais velho dei o nome de André Estevão, cujo primeiro prenome é uma homenagem ao Andrezinho, filho mais novo de Jairo e Hélia, que faleceu no acidente automobilístico que os vitimou.
Ivan Cláudio Preira Borges
www.vpc.com.br

AO SENTIR
                                          Jairinho

Ao sentir o mundo ao meu redor
Nada vi, que pudesse ser real
Percebir que todos buscam paz, porem em vão
Pois naquilo que procuram não ha solução

Só em Jesus a paz real eu pude encontrar
O seu amor, pude experimentar
Me entreguei a Cristo e a vida eterna eu vou gozar

Posso ver que você não é feliz
Vou dizer que não podes ser feliz
Se continuar a procurar em vão
por caminhos que não trazem solução

Só em Jesus a paz real você vai encontrar
O seu amor vai experimentar
Venha a Jesus Cristo e a vida eterna vai gozar