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domingo, 20 de fevereiro de 2011

AMOR, PIPA AVOADA

            A poesia que posto aqui é de meu amigo Dimas de Fonte  (Professor-Mestre em História e Historiador, Escritor, Poeta, Autor e Roteirista de vídeos e HQs), retirado do seu blog ABC Imaginário que está no menu de blogs que eu sigo. 
            Exprime como anda meu coração no momento.  Que Deus nos traga bons ventos, amigos!

O amor é como uma pipa
Dessas simples que voam no céu.

Pode ser de papel colorido,
Pode ser enfeitada com desenhos
Ou de uma singela única cor.
Pode ter uma estrutura de bambu
Ou feita de finas varetas de palha de coqueiro;
Pode usar uma rabiola multicor
Ou uma feita com os restos do papel que sobrou.

Mas o cabresto deve ser forte!
A linha nova e de qualidade.

Quando lançamos nosso amor no ar
Não sabemos como vai ser.
Um vento forte pode mantê-lo firme e alto.
Um vento fraco nos pedirá puxões e solavancos
Para encontrarmos a corrente certa,
Que a levará mais longe.

Podemos ser alvo de outros amores
Que poderão ficar flutuando ao nosso lado
Desfrutando solidário do poder dos ventos
Ou descer com fúria e linha de cerol
Para nos cortar e lançar para longe.

Meu amor é pipa “avoada”,
Cortada pela mão de quem não me quis.
Ele voa a mercê do tempo
E deve estar caído em algum lugar.
Talvez ao alcance de outras mãos
E quem sabe voltar ao céu
Se alguém do seu feitio gostar.

Minha linha se estende no ar
E cai sem nada para sustentá-la,
voltando pra mim por inteira.

A pipa que se foi, vá!
Tratarei de fazer uma nova
Com mais esmero e cuidado.
E assim encontrarei outra mais bela
Que queira voar comigo.

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