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sábado, 27 de fevereiro de 2010

PREGADORES E MÚSICOS

   O pregador que não participa plenamente dos cânticos não tem condições de ter ouvintes complemente atentos à sua mensagem.
   É desinteressante ouvir alguém apresentar a mensagem cantada no culto sem ter interesse na mensagem pregada.
   O pregador que não valoriza a música no culto, ainda não aprendeu a valorizar sua própria pregação.
   O músico que participa do culto sem valorizar a pregação desvaloriza sua própria música.
  É cantando alegremente com a igreja que o pregador tem a oportunidade de mostrar que a alegria apresentada em seu sermão é uma realidade em sua vida.
   Quando o músico canta e se retira do culto, retira com ele parte da força da mensagem que cantou.
   O pregador não participa do culto por sua habilidade em transmitir a mensagem, mas porque sua alma necessita ser saciada.
   O músico não participa do culto por sua capacidade musical, mas por ser uma alma carente que anseia pelas correntes das águas.
   O trabalho do pregador no culto não se justifica pela oratória, mas pela profundidade da experiência com Deus que não pode deixar de ser partilhada.
   O trabalho do músico no culto não se justifica pela arte, mas pela profundidade de sua experiência com Deus.
   Se o pregador não tiver a sensibilidade do músico, sendo arauto e artista, sua mensagem será tão árida que não alimentará as almas famintas.
   Se mais que um artista, o músico não for também um arauto, a música que ele apresenta no culto só estará fazendo barulho.

   Pregador e músico, juntos, não formam um duelo, mas um único dueto cuja melodia é capaz de salvar os perdidos e edificar os salvos. 
Jilton Moraes
Pastor, compositor e escritor
Publicado originalmente na Revista Louvor, 3º Trimestre de 2000 

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