SEGUIDORES:

domingo, 29 de maio de 2011

A ESTAÇÃO DAS PERDAS

    Existe uma lei da vida conhecida como lei das compensações,     que    determina, se perdemos algo, por outro lado ganharemos outras.
     Você já parou pra pensar, que toda nossa vida é assim, perdemos alguma coisa aqui, para ganhamos outras ali.
     Mesmo quando estamos totalmente convencidos que nada está dando certo, que    o sol fechou a cara para nós, que a sorte sorri apenas para os outros... Vai    chegar      um momento que você perceberá que tudo não passou de uma fase, ruim.
     Talvez até mesmo para que você fizesse uma pausa, uma paradinha   para  reavaliar os projetos. Quem sabe mesmo rever “O Mapa”, para ter certeza que    a trilha   a     ser seguida é essa mesma. Imagina se você está na trilha errada, segue até o final e dá   de cara com um precipício?
     Então você tem que voltar! Fazer o caminho de volta, reavaliar sua caminhada e recomeçar! Por que são importantes que essas perdas ocorram? Afinal de contas, de quantas coisas temos mesmo que abrir mão? Eu costumo dizer que fiz o caminho de volta  e resolvi “reinventar”      minha vida.
     Pode ter certeza, que essa mudança, significou abrir mão, até mesmo             perder algumas coisas, para poder ganhar muitas outras. Isso é muito bom! Mas antes       que você não considere justas, algumas perdas, conheça a ESTAÇÃO DAS PERDAS:
     “Há horas em nossa vida que somos tomados por uma enorme sensação de   inutilidade, de vazio. Questionamos o porquê de nossa existência e nada     parece   fazer   sentido. Concentramos nossa atenção no lado mais cruel da vida, aquele que é implacável e a   todos afeta indistintamente: as perdas do ser humano.
     Ao nascer, perdemos o aconchego, a segurança e a proteção do útero. Estamos,      a partir de então, por nossa conta. Sozinhos. Começamos a vida          em perda    e   nela continuamos. Paradoxalmente, no momento em que perdemos algo, outras possibilidades  nos surgem. Ao perdermos o aconchego do útero, ganhamos os braços do mundo.     Ele     nos acolhe: nos encanta e nos assusta, nos eleva e nos destrói. E continuamos a    perder     e seguimos a ganhar. Perdemos primeiro a inocência da infância. A confiança absoluta na mão que segura nossa mão, a coragem de andar na bicicleta sem rodinhas por que alguém ao nosso lado nos assegura que não nos deixará cair... E ao perdê-la, adquirimos a capacidade de questionar.
      Por quê? Perguntamos a todos e de tudo. Abrimos portas para um     novo mundo    e fechamos janelas, irremediavelmente deixadas para trás.
      Estamos crescendo. Nascer, crescer, adolescer, amadurecer, envelhecer,     morrer. Vamos perdendo aos poucos alguns direitos e conquistando outros. Perdemos o    direito de poder chorar bem alto, aos gritos mesmo, quando algo nos é tomado contra a     vontade. Perdemos o direito de dizer absolutamente tudo que nos passa pela cabeça sem   medo  de causar melindres. Assim, se nossa tia às vezes nos parece gorda tememos dizer-lhe isso.
      Receamos dar risadas escandalosamente, da bermuda ridícula do vizinho ou puxar   as pelanquinhas do braço da Vó com a maior naturalidade do mundo e ainda falar    bem   alto sobre o assunto. Estamos crescidos e nos ensinam que não devemos ser tão sinceros.      
      E aprendemos. E vamos adolescendo, ganhamos peso, ganhamos seios, pelos, altura, ganhamos       o mundo. Neste ponto, vivemos em grande conflito. O mundo todo nos parece inadequado  aos nossos sonhos. Ah!... Os sonhos!!! Ganhamos muitos sonhos. Sonhamos dormindo, acordados, sonhamos o tempo todo.
      Aí, de repente, caímos na real! Estamos amadurecendo, todos nos admiram. Tornamo-nos equilibrados, contidos, ponderados. Perdemos a espontaneidade. Passamos a  utilizar o raciocínio, a razão acima de tudo. Mas não é justamente essa a condição que   nos   coloca acima (?) dos outros animais?
      A racionalidade, a capacidade de organizar nossas ações    de    modo    lógico      e racionalmente planejado?
      E continuamos amadurecendo; ganhamos um carro novo, um companheiro, ganhamos um diploma. E desgraçadamente perdemos o direito de gargalhar, de andar descalço,    tomar banho de chuva, lamber os dedos e soltar pum sem querer. Mas perdemos peso,   e já  não pulamos mais no pescoço de quem amamos e tascamos - lhe aquele beijo      estalado,  mas apertamos as mãos de todos, ganhamos novos amigos, ganhamos um              bom salário, reconhecimento, honrarias, títulos honorários e a chave da cidade.
      E assim, vamos ganhando tempo, enquanto envelhecemos... De repente     percebemos que ganhamos algumas rugas, algumas dores nas costas (ou nas pernas), ganhamos  celulite, estrias, ganhamos peso. E perdemos cabelos. Nos damos conta que perdemos    também   o brilho no olhar, esquecemos os nossos sonhos, deixamos de sorrir. Perdemos a   esperança. Estamos envelhecendo!
      E então compreendeemos que as perdas fazem parte, mas que apesar delas,        o sol continua brilhando e felizmente chove de vez em quando; que a primavera sempre    chega após o inverno, que necessita do outono que o antecede.
      Que a gente cresça e não envelheça simplesmente.
      Que tenhamos dores nas costas e alguém que as massageie.
      Que tenhamos rugas e boas lembranças.
      Que tenhamos juízo, mas mantenhamos o bom humor e um pouco de ousadia.
      Que sejamos racionais, mas lutemos por nossos sonhos.
       E, principalmente, que não digamos apenas eu te amo, mas   ajamos de    modo   que aqueles a quem amamos, sintam-se amados mais do que saibam-se amados.
       Afinal, o que é o tempo? Não é nada em relação a nossa grande missão.        E que missão! Fique em Paz! Pense nisso...".

                                                            Autor Desconhecido

Nenhum comentário: