Indico a leitura deste post a todos os que pensam em se aventurar como "cantores e/ou compositores gospel" e também a todos os que trabalham com música na igreja.
Recebi um email muito carinhoso de uma moça de Belo Horizonte, em que se referia a um graveproblema de saúde que teve em março de 2008, e que nos dias de internação no CTI de um hospital, em que suas esperanças na cura pareciam se frustrar, ela resolveu ouvir um dos meus CDs que havia ganhado de presente ali mesmo no hospital em janeiro e que estava lacrado ainda, pois naqueles últimos dois meses ela não tivera tempo de ouvir. No email ela me contou sobre o efeito que uma de minhas músicas lhe causou, dizia ela, na construção da esperança de sair com saúde daquele lugar. Durante os dias que se seguiram, aquele CD tornou-se, segundo ela própria, sua melhor companhia naquele hospital.
No dia 8 de novembro de 2008 ela finalmente recebeu alta e, com a saúde completamente restabelecida, resolveu me enviar esse carinhoso e-mail. No final, ela me pede para responder uma pergunta que não tive como me omitir de responder. Me perguntava ela: “Sergio Lopes, de onde vem sua música?!”
Resolvi respondê-la e abaixo transcrevo o e-mail pois ela mesma me fez esse pedido para publicá-lo no blog. Então, aí está.
No dia 8 de novembro de 2008 ela finalmente recebeu alta e, com a saúde completamente restabelecida, resolveu me enviar esse carinhoso e-mail. No final, ela me pede para responder uma pergunta que não tive como me omitir de responder. Me perguntava ela: “Sergio Lopes, de onde vem sua música?!”
Resolvi respondê-la e abaixo transcrevo o e-mail pois ela mesma me fez esse pedido para publicá-lo no blog. Então, aí está.
“Querida... Respondendo sua pergunta, minha música surge de momentos de insistente busca de respostas de Deus para minhas inquietações. São momentos em que me prostro e visualizo diante de mim o trono de Deus e, vendo pela fé o Senhor assentando diante de mim, suplico-lhe que destrua todo vínculo do meu coração com a vaidade de ter-me tornado conhecido, para esquecer que gravo CDs com fins comerciais para as gravadoras; esqueço a fama, o sucesso, esqueço os elogios, os autógrafos; esqueço que para alguns sou uma referência, esqueço tudo isso, e me entendendo apenas na condição de servo completamente dependente dEle, rogo que tenha misericórdia de mim. Então ele me responde! Reveste minha alma com o acalanto de uma música nova; inspira-me para que converse com ele por meio das letras que escrevo, e nesse mesmo lampejo de inspiração ele me responde a ansiedade. Por isso numa mesma música eu tenho, então, a súplica da pergunta e a graça da resposta. Qualquer outra música que se diga espiritual que não venha da vivência própria, para mim, é fruto da vaidade e da intenção nociva da venda.
Por isso minha luta para não depender jamais de mídia, de badalação em programas de TV, por que ali os nomes se valorizam pela insistência da imagem e com o único fim de propiciar, na seqüência, o sucesso em vendas de mercadorias e bilheterias (prática que aliás, abomino, e me surpreendo ao ver tantos cantores e pregadores que já pensei espirituais hoje viverem da exposição de seu talento ao custo de ingressos de 15 reais, apenas para fazer pessoas pularem como macacos, ao som de ritmos animados e repetindo ordens comuns de shows mundanos do tipo “tira o pé do chão!”, distribuindo alegrias que perduram por apenas uma hora e meia. Não creio que seja para isso que Deus nos dê talentos.)
Minha música surge, então, de minha própria experiência com a batalha que já vivenciei e que busquei em Deus a resposta para superar. Na minha música escrevi sobre a minha própria solidão, a minha própria enfermidade, o meu próprio cárcere, a minha própria indignação, a perda de pessoas que amei, mas também flui de momentos em que vivenciei em mim mesmo a alegria, o amor, o perdão e a esperança. Por isso que a esperança que essa música te causou ali no hospital permanece até hoje e vai perdurar enquanto você viver como símbolo de vitória e alegria, porque foi a trilha musical de um filme que você mesma viveu e que teve um final feliz. Não gravo CD para o simples ato de vendê-lo, mas de fazer com que o efeito da minha experiência frutifique de uma forma que ultrapasse o valor do dinheiro gasto para comprá-lo. E pelo jeito, foi isso que, segundo você mesma me testemunhou, aconteceu com voce.
Minha música vem portanto, desse desejo sincero de compartilhar meus momentos com Deus, de forma que outras pessoas percebam que é possível ainda, em meio a tanta fraude “gospel” e tanta diversidade de intenções comerciais disfarçadas de santidade, se ouvir alguma música que surja de experiências vividas e vencidas pela fé, pela esperança e pelo amor. Como diz uma música da cantora Cassiane, “Deus não te chamou pra ser multidão”. Sua cura é uma prova de que você foi distinguida entre os demais.
Um abraço desse amigo poeta."
Por isso minha luta para não depender jamais de mídia, de badalação em programas de TV, por que ali os nomes se valorizam pela insistência da imagem e com o único fim de propiciar, na seqüência, o sucesso em vendas de mercadorias e bilheterias (prática que aliás, abomino, e me surpreendo ao ver tantos cantores e pregadores que já pensei espirituais hoje viverem da exposição de seu talento ao custo de ingressos de 15 reais, apenas para fazer pessoas pularem como macacos, ao som de ritmos animados e repetindo ordens comuns de shows mundanos do tipo “tira o pé do chão!”, distribuindo alegrias que perduram por apenas uma hora e meia. Não creio que seja para isso que Deus nos dê talentos.)
Minha música surge, então, de minha própria experiência com a batalha que já vivenciei e que busquei em Deus a resposta para superar. Na minha música escrevi sobre a minha própria solidão, a minha própria enfermidade, o meu próprio cárcere, a minha própria indignação, a perda de pessoas que amei, mas também flui de momentos em que vivenciei em mim mesmo a alegria, o amor, o perdão e a esperança. Por isso que a esperança que essa música te causou ali no hospital permanece até hoje e vai perdurar enquanto você viver como símbolo de vitória e alegria, porque foi a trilha musical de um filme que você mesma viveu e que teve um final feliz. Não gravo CD para o simples ato de vendê-lo, mas de fazer com que o efeito da minha experiência frutifique de uma forma que ultrapasse o valor do dinheiro gasto para comprá-lo. E pelo jeito, foi isso que, segundo você mesma me testemunhou, aconteceu com voce.
Minha música vem portanto, desse desejo sincero de compartilhar meus momentos com Deus, de forma que outras pessoas percebam que é possível ainda, em meio a tanta fraude “gospel” e tanta diversidade de intenções comerciais disfarçadas de santidade, se ouvir alguma música que surja de experiências vividas e vencidas pela fé, pela esperança e pelo amor. Como diz uma música da cantora Cassiane, “Deus não te chamou pra ser multidão”. Sua cura é uma prova de que você foi distinguida entre os demais.
Um abraço desse amigo poeta."
Sérgio Lopes é poeta, escritor, músico e cantor evangélico.
Publicado em Crônicas de Ségio Lopes - 27/12/2008 .
Página Oficial
Publicado em Crônicas de Ségio Lopes - 27/12/2008 .
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